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DepLuiza Maia diz que não tem censura alguma e visa preservar dignidade da mulher
Foto: BJÁ
Entrou na Ordem do Dia da Assembleia Legislativa, o polêmico projeto de lei da deputada Luiza Maia (PT) que dispõe sobre a proibição do uso de recursos públicos para contratação de artistas que, em suas músicas, danças ou coreografias desvalorizem, incentivem a violência ou exponham as mulheres a situação de constrangimento.
Há quem entenda que o PL é inconstitucional, além de representar um movimento de censura à liberdade de expressão.
Ao BJÁ, a deputada disse que não vê o PL como uma forma de censura e sim um direito das mulheres, as quais, em sua opinião não podem ser achincalhadas e ridicularizadas com algumas músicas que são cantadas na Bahia por determinados grupos musicais.
Ao seu projeto, a deputada deu um nome fantasia (Projeto de Lei Antibaixaria, quem paga caro é a mulher).
"O que fazem por aí com a mulher em algumas músicas baianas são coisas repugnantes" diz a deputada citando expressões usadas pelos artistas, como "cachorra" "rala bucho"e outras.
A deputada tem feito uma movimentação intensa na Assembleia visando aprovar o projeto. O relator da matéria é o deputado Paulo Azi, DEM, atual líder do governo, o qual já está com o parecer "praticamente pronto".
LUIZ CALDAS
Em Camaçari, onde a deputada Luiza Maria tem forte influência (seu marido Luiz Caetano é o prefeito) recentemente, a Prefeitura aplicou uma sanção dessa natureza ao cantor Luiz Caldas, salvo melhor juizo por ter cantado a música que fala da "nega do cabelo duro que passa na Baixa do Tubo e o negão começa cantar: pega ela aí...".
Vê-se, portanto, a polêmica do PL da deputada Luisa Maia. Em caso de aprovação caberá ao gestor estadual da área de benefícios a artistas (Bahiatursa, Setur, Bahiagás, Embasa, etc) organizar uma equipe (ou pessoa) para avaliar (ou censurar) o que pode e não pode na hora das contratações.