Votação é considerada surpresa e oposição lamenta comportamento da maioria dos vereadores
LB e comentário BJÁ , da redação em Salvador |
17/04/2013 às 16:04
Votação secreta surpreende e João Henrique tem 25 votos favoráveis
Foto: Erick Issa
A Câmara Municipal de Salvador finalmente votou -- e rejeitou -- as contas de 2010 da administração do prefeito João Henrique por um placar apertado de 25 votos farovárveis contra 18 da oposição. A votação começou por volta das 15h e teve a presença de todos os vereadores -- embora, no princípio dela, oito deles estivessem ausentes. JH precisava de 29 fotos, mas, só conseguiu 25.
Ainda assim, uma surpresa geral. Admite-se que a bancada governista, de ACM Neto votou em massa pela aprovação das contas de João, e o vereador Geraldo Jr, o qual comandou os pedidos de votos pró-João disse que vai recorrer na Justiça, uma vez que "o prefeito não tem culpa dos atos praticados por seus assessores".
A sessão começou com a aprovação do pedido de urgência para o caso do ex-prefeito. Em seguida, o presidente da Casa, Paulo Câmara (PSDB) iniciou a votação. Depois que todos os presentes puseram seus votos na urna, os líderes foram chamados para a contagem. João Henrique precisava de 29 votos para se safar, mas teve "apenas" 25.
Sim, 25 edis votaram pela aprovação das contas e contra o parecer do Tribunal de Contas dos Municípios, enquanto 18 vereadores foram a favor do TCM. Assim como no ano passado, a minoria fez valer a vontade do povo.
No ano passado, as contas de 2009 do ex-prefeito também foram rejeitadas, tornando João Henrique inelegível por oito anos. O político, entretanto, jura que será candidato ao governo do estado em 2014.
COMENTÁRIO DO BJÁ
Quem esperava um placar de 38 votos contra e 13 favoráveis a JH como se chegou a ser comentado, quebrou a casa. A oposição está chocada e atribui a votação de JH ao prefeito ACM Neto, o qual teria orientado sua base a votar favorável ao ex-prefeito. Como a votação foi secreta vão aparecer muitos comentários. O certo é que, sem o apoio da base, JH, por sí só, fora do poder, poderia ter uma votação dessa natureza favorável às suas contas.