A transparência sobre a revitalização da orla de Salvador foi pedida nesta segunda-feira, 11, pelo vereador Arnando Lessa (PT), para quem o assunto deve ser o próximo debate na Casa. Ele lembrou de alguns entraves do projeto, que agora exclui a requalificação das barracas demolidas em 2010: “O prefeito está repetindo a atitude preconceituosa e excludente, isso é uma assepsia social”.
O petista chamou atenção para a necessidade da matéria se tornar um debate democrático, incluindo a participação de moradores e comerciantes locais e os trabalhadores prejudicados com a ação da gestão anterior. Ele destacou as ações repetidas, que mais se encaixam num projeto de urbanização e não em projeto de orla como a falta de banheiros públicos.
O edil não concorda com a justificativa de ACM Neto (DEM), apontando a decisão da 13ª Vara Federal como base para os detalhes da obra: “Agora o governo traz a discussão que nesse projeto apresentado não se pode debater as barracas de praias, porque a Justiça impede, e apresenta uma justificativa com base nas restrições existentes para construções em as áreas marítimas, só que isso é uma inverdade. Se esse é o verdadeiro fator, por que a justificativa não impede a construção de píeres e prédios luxuosos dentro mar? Se é assim, quantos píeres não foram demolidos?”
“Não é possível que a Câmara se omita. Não é possível que o prefeito anuncie dez intervenções na orla da cidade e nós não tenhamos acesso a nenhuma informação, e se quer tenhamos sido chamados para contribuir. Quem participou dessa formulação? Nós queremos participar, desejamos e temos muito a contribuir”, exigiu o 1º secretário da CMS.