O deputado Targino Machado (PSC) em pronunciamento na Assembleia defendeu na tarde de ontem, 13, o controle do Poder Judiciário baiano através de lei aprovada pela Casa legislatriva e sugeriu que seja constituida uma comissão de parlamentares para fazer uma visita ao Fórum Ruy Barbosa, sem que isso represente uma afronta ou qualquer sentimento de interferência na independência desse poder, mas, com o ojetivo de ouvir advogados, juizes, a população e serventuários para sentir o pulsar do PJ.

  Na opinião de Targino, isso dito em plenário, "há juizes ausentes, balcões que impedem um acesso dos juriscondicionados, juizes que não recebem advogados e um mar de processos jogados ao chão", entre outras citações. O deputado advoga que a Assembleia tem poder de produzir uma lei que exercite esse controle do PJ, "sob pena de nos tornamos cúmplices dessa atuação do PJ".

  Targino enalteceu a personalidade da corregedora do CNJ, ministra Eliana Calmon, e destacou em sua fala que o PJ "tem que ser mais transparente, sobretudo porque seus representantes não são eleitos pelo povo, porém, têm o compromisso ético de julgar os cidadãos". 

  Vê, na posse da desembargadora Sara Brito, no TRE, um novo momento no PJ, sem os vícios do passado da época de ACM e também de período político recente.

  Para Targino Machado os desembargadores precisam se livrar de togas bolorentas e se aproximarem mais do povo. Machado também defendeu o que chamou de "heróis de toga" que são a maioria, "e que trabalha sem as mínimas condições materiais para atender milhares de jurisdicionados".

  Entende que na Bahia é "cruel a desproporção entre a população x número de magistrados que lutam para dar conta do seu desiderato".

   SANTA LAICA

   Sobre Eliana Calmon considerou a sua atuação no CNJ como uma "luta heróica" e disse que "a cada 1000 mulheres nasce uma como ela para fazer benefícios à sociedade".

   Por fim, classificou Eliana como uma "santa laica que quiseram martirizar em 90 dias".