Política

VEREADOR DENUNCIA CRIME ELEITORAL NA SECRETARIA DO PLANEJAMENTO

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| 07/03/2012 às 22:06
Adriano Meireles está disposto a pedir uma CEI para investigar Saback
Foto: LB
(Por Limiro Besnosik)

Imagine um hospício, com um bando de loucos gritando ao mesmo tempo. Assim tem se
assemelhado as sessões da Câmara de Salvador nos últimos dias. De um lado, a Mesa Diretora e os vereadores, tentando encaminhar votações e fazer pronunciamentos. Nas galerias, uma barulhenta claque dos agentes de saúde e endemias, interrompendo todas as falas com insistentes e intermináveis palavras de ordem.

Eles pressionam o plenário para derrubar o veto do prefeito João Henrique à emenda incluída pela CMS na Lei Orçamentária Anual 2012, antecipando para janeiro os efeitos financeiros a serem pagos pela Prefeitura à categoria. A paz só chegou na tarde desta quarta-feira, 7, quando os ativistas foram convencidos por Aladilce Souza (PCdoB) que a atitude só fazia atrasar a apreciação da própria matéria de seu interesse.

Crime eleitoral


A principal agitação política foi a denúncia feita por Adriano Meireles (PR) contra o secretário municipal do Planejamento, Tecnologia e Gestão, Reinaldo Saback, que estaria cooptando lideranças comunitárias para sua campanha eleitoral. O edil republicano foi imediatamente apoiado por Joceval Rodrigues (PPS), Gilmar Santiago (PT), Batista Neves, Pedrinho Pepê (PMDB) e vários outros presentes.

Adriano anunciou a solicitação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar a legalidade dos contratos firmados pelo titular da Seplag nos últimos 60 dias e diz ter provas de tráfico de influência e abuso do poder econômico: “Saback está oferecendo empregos na secretaria em troca de votos, alegando que vai indicar o próximo secretário”.

Gratificações da PM

Giovanni Barreto (PT) protestou contra a exclusão dos inativos e aposentados das gratificações aprovadas pela Assembleia Legislativa da Bahia para os integrantes da Polícia Militar.

“A Alba prestou um desserviço à democracia”, indignou-se o petista, revelando a pretensão de acionar o Ministério Público para questionar a constitucionalidade dos critérios adotados pelos deputados estaduais ao promover esse tratamento discriminatório.

Fiscalização dos estacionamentos


Também rendeu polêmica a falta de fiscalização da lei que obriga os estacionamentos de Salvador a cobrar valores fracionados pelo tempo utilizado nesses locais. Alcindo Anunciação (PT), autor do projeto da nova regra, acusa a Prefeitura de ceder ao lobby das empresas para não fiscalizar o cumprimento da legislação.

Durante a troca de farpas, o líder do governo, Téo Senna (PTC), comprometeu-se a convidar o secretário de serviços públicos, Marcelo Abreu a debater a situação com os vereadores. Alcindo, porém, avisou que se o convite não for atendido na próxima semana entrará com uma ação na Justiça para apurar o caso.