Em seu primeiro discurso como líder da bancada de oposição, escolhido unanimemente pelo bloco na noite desta quarta-feira, 29, o democrata Paulo Azi deu o tom que vai nortear o seu trabalho à frente da minoria. Na sessão plenária de hoje, quinta-feira, ele disse que recebeu a indicação como uma missão e responsabilidade renovada, por entender a importância do papel das oposições, tanto no parlamento como na consolidação do processo democrático no Estado.
Azi lembrou que o governo entra no segundo ano de gestão como se estivesse de "ressaca". "A sensação que temos é de paralisia. É como se a máquina pública estivesse parada", ilustrou, frisando bem que chegou a momento de a oposição apertar o seu dispositivo de fiscalização. "Nos últimos dias ocorreram fatos que demonstram, no mínimo, o pouco cuidado desse governo quando se trata de ética e moralidade pública", observou.
Azi alertou que a oposição vai cobrar do governador Jaques Wagner os compromissos assumidos na última campanha eleitoral e advertiu que a bancada pretende fazer com que o parlamento venha, efetivamente, apreciar, discutir, debater os temas relevantes e importantes para a sociedade.
"Essa Casa precisa dar a sua contribuição no caminho da ética e da moralidade que a sociedade exige", reforçou, informando que a prioridade absoluta, a número um, será trazer à tona a discussão do Projeto de Emenda Constitucional, subscrito pelo deputado Elmar Nascimento (PR), que institui a Ficha Limpa para todos os cargos públicos da Bahia. O democrata agradeceu à bancada e fez questão de elogiar a atuação do líder Reinaldo Braga (PR), o seu bom senso, equilíbrio e capacidade de articular e dialogar.