A Prefeitura de Salvador foi duramente criticada nesta quarta-feira, 29, pelo abandono dos mercados e feiras livres da cidade em pronunciamento realizado pelo vereador Moisés Rocha (PT).
Segundo ele, a maioria desses centros populares de comércio está sem condições adequadas de funcionamento, tanto para trabalhadores, quanto para consumidores e transeuntes. Os problemas vão desde a falta de higiene até congestionamento de trânsito e desordenamento total dos boxes e ambulantes.
O edil anunciou para esta quinta-feira, 1º, às 19 horas, uma reunião da Frente Comunitária e Parlamentar Mista em Defesa de Itapuã, em sua sede, para discutir o desabamento parcial do teto do mercado, ocorrido na terça-feira, 28. A ocorrência resultou em cinco pessoas feridas e na interdição do prédio.
Tragédia anunciada
De acordo com Raimundo Gonçalves dos Santos, liderança do bairro, também conhecido como Bujão, o incidente de terça já havia sido antevisto pela comunidade, pois a reforma realizada pela administração municipal em 2008 ficou apenas na pintura e no chão.
Ele defende a demolição total do prédio, pois o terreno onde foi erguido já foi um lago: “Aquilo ali é inviável tecnicamente; tem que fazer alvenaria profunda e elevar o piso, pois quando chove um pouco mais alaga tudo por causa do lençol freático existente na área”.
No relato de Bujão, o mercado foi erguido em 1951. Em 1990, a gestão de Mário Kertész implantou o edifício com a tecnologia de pré-moldados, mas sem resolver os problemas estruturais do solo.
Atualmente com 26 boxes, o centro comercial abriga, ao todo, cerca de 200 trabalhadores, calcula o líder do bairro. A Frente reúne os vereadores Moisés, Vânia Galvão e Marta Rodrigues (PT), Aladilce Souza (PCdoB) e Sandoval Guimarães (PMDB) e o deputado estadual Marcelino Galo (PT).