Os deputados capitão Tadeu e sargento Isidório, ambos do PSB e da base do governo na Assembleia Legislativa vão ecaminhar requerimento à Mesa Diretora da Casa para que seja conferido o título de cidadão baiano ao genenral Gonçalves Dias, comandante da VI Região Militar, diante do comportamento pacifista do militar na última greve da PM, que resultou na ocupação da sede da Assembleia Legislativa do Estado.

  Segundo Tadeu, trata-se de um militar do Exército "sensato e equilibrado" e que merece o título conferido pela Casa Legislativa da Bahia. O deputado diz que lutará pela unanimidade dos 63 deputados na aprovação da matéria. Já o deputado Isidório destacou o comportamento educado e cavalheiro do general durante a greve da PM, no comando de operações da desocupação da Assembleia.

  Durante a greve o general G. Dias teria sido criticado por segmentos linha dura do Planalto, os quais consideraram fora de foco a atitude do comandante militar em receber um bolo dos grevistas na data do seu aniversário, com direito a "parabéns para você", quando o general, bastante emocionado chorou.

  Diante de tais acontecimentos, e segundo informações da imprensa nacional, perdera o comando da operção para o comandante do IV Exército sediado em Recife, general Odilson Sampaio Benzi.

   Dizia-se, ainda, que o general poderia ser substituido no comando da VI RM, onde se encontra desde 4 de janeiro de 2011, mas isso não aconteceu.  

  PAULISTANO DE AMERICANA
  PALAVRAS NA POSSE NA BAHIA

  Nascido em Americana, interior de São Paulo, Gonçalves Dias já atuou em quase todas as regiões do País e vai assumir o cargo no lugar do também general de divisão João Francisco Ferreira, que ficou no comando da 6ª RM por três anos.

  "Faltava apenas o Nordeste e aqui estou eu", brincou o general.   Gonçalves Dias, que também trabalhou por oito anos na Presidência da República, chega à capital baiana no momento em que o Brasil passa a ser comandado por uma mulher e acredita nas mudanças positivas.

  "A expectativa é grande. Mas toda mudança é boa, revitalizante, oxigena e movimenta o trabalho. Todas as funções e cargos precisam disso e o País também. Aqui no Exército por exemplo, passamos no mínimo dois e no máximo sete anos", explicou ele.   O novo comandante destacou inda que pretende continuar aquilo que foi pré- determinado pelo seu antecessor.
 
  "O Exército é uma divisão sistêmica e uma das minhas metas iniciais é continuar as diretrizes e as missões para as unidades. Mas todo comandante tem que empreender o seu dinamismo"