O Diario Oficial do Poder Legislativo deve publicar nesta terça-feira, 29, as composições das Comissões Temáticas da Assembleia Legislativa e, a partir desta data, se não houver acordo de lideranças, abre-se 24h para emendas às matérias prioritárias para votação, o reajuste linear de 6.5% a todos os servidores públicos do Estado, retroativo a janeiro de 2012, e o novo sistema remuneratório da PM com a GAP-4 prevista no PL para ser paga em novembro próximo.

  Ao que tudo indica, o PL do reajuste linear dos 6.5% ainda deverá ser aprovado nesta semana, pois, de certa forma, apesar das críticas dos deputados da oposição, há um certo consenso na matéria para que se possa implantar a folha suplementar ainda no pagamento dos salários deste fevereiro. Se passar para março, só será pago no final de março - janeiro, fevereiro e março.

  Quando ao novo sistema remuneratório daPM o PL tem sido criticado pelos deputados da base e da oposição e a estimativa é que seja votado na próxima semana. Nesta tarde de segunda houve uma reunião com associações de PMs e os deputados capitão Tadeu e sargento Isidório. Ao BJÁ, o deputado Isidório, disse que resolveu juntar suas emendas com as do colega Tadeu. "Somos dois PMs e falamos a mesma linguagem", frisou.

  Na opinião do deputado Paulo Azi, DEM, o governo precisa ser mais claro em relação ao projeto e pretende convidar os secretários estaduais da Administração e da Fazenda para que, em audiência pública, relatem, de fato, qual a real situação financeira do estado. "Ora, fala-se em aperto quando sabemos que existe uma folga de 2% no Limite Prudencial de gastos com pessoal o que representa algo em torno de R$400 milhões", frisou.

  Para Azi o governo precisa falar a verdade e não ficar escamoteando e cometendo coisas absurdas, como, "após sair de um período de escuridão com uma greve de PMs à sua porta a Bahiagás patrocina camarotes de Carnaval onde estavam instalados na festa a elite baiana e os companheiros de partidos aliados e isso representa um desrespeito aos baianos", comentou.

   Para o deputado Gildásio Penedo Filho (PSD), o qual foi encarregado pelo líder da Maioria de defender o governo não há nada a esconder e o estado, de fato, trabalha com uma dotação orçamentária operando no limite e há um esforço enorme do governo para manter suas contas equilibradas e dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal.

  Entende o deputado Sandro Régis (PR) que isso é uma balela e mostrou em plenário reportagem de A Tarde na qual há um texto situando que o governo da Bahia consumiu R$266 milhões, em 2011, na contratações de PST - Postos de Serviços Temporários.

   "Isso representa a compra de votos eleitorais e o governo não pode vir aqui falar em controle quando gasta R$600 mil/dia em propaganda enganosa e R$1 bilhão com ONGs", concluiu.