Senhoras Deputadas, Senhores Deputados
Saúdo a todos os presentes, especialmente aos membros do Poder
Legislativo da Bahia, neste início de mais um ano de atividades - o
segundo desta legislatura e o primeiro do quadriênio que se abre com
o novo Plano Plurianual 2012-2015.
Como tenho feito nos últimos anos, cumpro este ritual não apenas
com o objetivo de prestar contas das ações do Governo e ressaltar as
prioridades para o próximo período, mas, sobretudo, para sublinhar a
necessidade da permanente cooperação entre os Poderes, condição
indispensável à continuidade do desenvolvimento do nosso estado.
Há cinco anos, apresentei a esta Casa o desafio de construção de
uma nova Bahia, alicerçado no fortalecimento dos princípios
democráticos, ancorados no pleno exercício da cidadania, na redução
dos perversos indicadores sociais, na melhoria da qualidade de vida e
na incorporação de nossa gente ao desenvolvimento do Estado.
Hoje, estou certo de que progredimos. Por um lado, estabeleceu-se
entre nós um clima democrático, com valorização das instituições,
respeito à autonomia dos poderes e permanente diálogo. Por outro
lado, em sintonia com o projeto político nacional, iniciado pelo expresidente
Lula e que prossegue agora com a presidenta Dilma,
buscamos aliar crescimento econômico com desenvolvimento social.
Ao mesmo tempo em que desenvolvemos ações de porte que
resultaram em obras e investimentos significativos para o
crescimento da nossa economia, assumimos a responsabilidade de
ser força motriz na implantação e consolidação de políticas sociais
que ajudam a superar as mazelas que nos afligem.
Isto fica evidenciado quando constatamos os enormes avanços em
indicadores educacionais, de saúde, de renda, emprego e assistência
social. Por conta disso, a Bahia se destacou como o Estado da
Federação que mais reduziu os índices de pobreza (10,6%).
O Relatório e a Mensagem de Governo que estou entregando ao
presidente desta Casa Legislativa registram essas ações para as mais
diferentes áreas de atuação do nosso Governo. Por isso, não
destacarei nenhuma delas, apenas vou ressaltar alguns
compromissos que são representativos para o nosso projeto de uma
Bahia mais humana.
Um deles é com a educação. E aqui vamos continuar afirmando a
nossa opção quando envolvemos as prefeituras e a sociedade em um
grande pacto pela Educação, Todos pela Escola, para aumentar a
qualidade do ensino fundamental; quando optamos por continuar
investindo no combate ao analfabetismo, através do TOPA; quando
fortalecemos o ensino básico e a educação profissional; ou ainda
quando atraímos os Institutos Federais de Educação, Ciência e
Tecnologia (IFETs), as novas universidades federais, a exemplo das
do Oeste e do Sul, e reforçamos as universidades estaduais.
O quadro da saúde hoje é completamente diferente daquele
encontrado em 2007. Inauguramos grandes hospitais, aumentamos o
número dos leitos, expandimos o Samu 192 e o Saúde em Movimento
atendeu a baianos em mais de 378 municípios baianos.
Ainda temos muito para avançar. Agora em 2012, estamos ampliando
o Hospital Roberto Santos e construindo uma UPA nesta mesma
unidade. Além disso, vamos construir 3 outras UPAs no interior (Feira
de Santana, Itabuna e Barreiras), além de concluir o Hospital da
Chapada em Seabra. Em breve, vamos entregar 150 novas
ambulâncias aos municípios baianos.
É com essa mesma disposição que vamos continuar investindo no
Programa Água para Todos, que serviu de modelo para o Governo
Federal, dentro do Brasil Sem Miséria. Nesta 2ª etapa, serão
investidos R$ 3,7 bilhões, beneficiando 5 milhões de baianos com
acesso à água de qualidade e ao esgotamento sanitário.
Em estreita parceria com o Governo Federal continuamos investindo
em habitação popular. Temos como meta assegurar contratação de
165 mil unidades do Minha Casa, Minha Vida II ao longo deste ano de
2012. Se somarmos estes novos investimentos ao esforço já
empreendido até aqui, estamos dando uma grande contribuição para
realizar o sonho da casa própria dos segmentos populares e superar o
déficit habitacional que encontramos em nosso estado quando
assumimos o governo.
Com esse mesmo espírito de parceria, vamos expandir o Programa
Luz para Todos. Para além das mais de 400 mil ligações efetivadas
nos últimos 5 anos, estamos com a previsão de executar mais 128
mil novas ligações na Bahia, sendo 40 mil já agora em 2012.
Na nossa incessante luta para reduzir as desigualdades sociais
pactuamos com o Governo Federal o compromisso de superação da
extrema pobreza no Brasil e aderimos ao programa Brasil sem
Miséria. Em agosto de 2011, com a presença da presidenta Dilma,
lançamos o Programa Vida Melhor, a contrapartida baiana desse
esforço nacional.
Esse nosso programa de inclusão produtiva vai atender 400 mil
famílias no campo e na cidade, por meio do incentivo à agricultura
familiar e aos empreendimentos solidários urbanos.
Atualmente já estamos com 05 Unidades de Inclusão Socioprodutiva
implantadas e até junho estarão funcionando mais 10, com
capacidade de atender a 30.000 empreendedores da economia
informal. Agora em 2012, vamos investir R$22.825.000,00 (vinte e
dois milhões, oitocentos e vinte e cinco mil reais) com essas
atividades.
Também fazem parte desse esforço de valorização do convívio social
as diversas atividades que desenvolvemos na área da cultura. Um
exemplo é o carnaval - que começa nesta semana e tenho certeza
que será de paz! Estamos investindo R$ 56,2 milhões em Turismo,
Cultura, Saúde e Segurança, estimulando a diversidade e a
democratização da maior festa popular do país.
Senhoras Deputadas, Senhores Deputados
O Governo do Estado tem executado uma matriz integrada de
projetos e obras de caráter estratégico e estruturante. Estes
investimentos permitem que a Bahia se mantenha no atual ciclo
virtuoso de prosperidade econômica e de inclusão social, a médio e
longo prazos.
Dentre o elenco de projetos, destacam-se a Ferrovia de Integração
Oeste-Leste, a maior obra de infraestrutura da história da Bahia, em
execução desde 2011, e o Porto Sul abrindo um novo horizonte de
prosperidade. Juntas, essas obras contribuirão significativamente
para aumentar a competitividade da economia baiana, atrair novos
investimentos para o seu território e integrar suas regiões
econômicas.
Da mesma forma, as intervenções e investimentos voltados para a
construção e recuperação na malha rodoviária baiana, juntamente
com os novos investimentos no setor portuário e aeroportuário,
ampliam as possibilidades de desenvolvimento de novos negócios,
beneficiando também as pequenas economias locais.
Em parceria com os municípios, vamos continuar investindo na
construção e recuperação dessas rodovias, celebrando convênios para
recuperação das estradas vicinais, fundamental para suas atividades
produtivas.
Novos projetos na área de infraestrutura estão sendo apresentados
com vistas a tornar o nosso desenvolvimento duradouro e
sustentável.
O Sistema Viário Oeste, cuja face mais visível é a construção da
futura ponte que liga Salvador a Itaparica, já tem seu projeto
definido. Trata-se de um novo vetor de desenvolvimento que
permitirá uma maior articulação dos fluxos econômicos entre a
Salvador, o Recôncavo, o Sul e Oeste baiano.
A combinação de investimentos em infraestrutura com uma
estratégia clara de atração de investimentos para a Bahia está
criando novos espaços econômicos, desconcentrando a produção e
integrando cadeias, de modo a agregar mais valor aos produtos e
garantir empregos de melhor qualidade.
São muitos os empreendimentos que estão se instalando na Bahia. O
polo acrílico, o setor automotivo, a energia eólica, os projetos de
mineração e do agronegócio são alguns exemplos significativos.
Estamos em vias de receber um dos maiores parques navais do País.
O Estaleiro Enseada do Paraguaçu, que será instalado no município
de Maragojipe, e será responsável pela reforma e construção de
navios e plataformas de petróleo. Trata-se de importante
investimento que chega para a Bahia e que já está dinamizando a
economia do Recôncavo.
Além disso, contamos também com investimentos estimulados pela
realização da Copa do mundo 2014. A Arena Fonte Nova, encontra-se
com mais de 50% de execução e o projeto de mobilidade urbana já
está definido.
O Convênio entre o Governo do Estado e as Prefeituras de Salvador e
Lauro de Freitas já foi assinado, inclusive com a autorização desta
Casa Legislativa. Estamos ultimando os arranjos institucionais para a
licitação e o começo das obras, cujo valor previsto é de R$ 2,6
bilhões e vai provocar uma grande e desejada transformação em
nossa cidade.
Tudo isso amplia as expectativas empresariais e novos investimentos
aportam na Bahia. Esse dinamismo, associado aos incentivos,
favorece o ambiente de negócios, cujo resultado é o vigoroso giro da
economia na forma de trabalho, emprego e renda.
Senhoras e Senhores, Deputadas e Deputados
Como é do conhecimento desta Casa, o Relatório de Governo que
estamos entregando aqui marca a conclusão do Plano Plurianual
2008-2011.
Ao mesmo tempo, estamos iniciando o novo PPA, relativo ao período
2012-2015. Como o anterior, este PPA foi construído de forma
democrática e participativa, fruto do debate com os segmentos
mobilizados da sociedade civil. Ele dará continuidade ao nosso projeto
e tem três eixos estruturantes:
- inclusão social e afirmação de direitos;
- desenvolvimento sustentável e infraestrutura para o
desenvolvimento;
- e gestão democrática do Estado.
Também aqui, destaca-se o foco redobrado no aperfeiçoamento da
administração pública, nas iniciativas de combate ao desperdício de
recursos públicos e no aperfeiçoamento da gestão fiscal.
Aproveito para agradecer o senso de responsabilidade dessa
Assembleia Legislativa do Estado da Bahia e seus Deputados, com a
discussão e aprovação de importantes projetos que servirão de base
para nossas ações este ano, além da aprovação das indispensáveis
operações de crédito que vão garantir a manutenção do equilíbrio das
contas públicas e a continuidade dos inadiáveis investimentos nas
áreas sociais, produtivas e na infraestrutura logística de nosso
estado.
Por fim, chamo atenção que a desaceleração da economia
internacional, com seus reflexos no Brasil, cria dificuldade para a
economia do nosso estado.
Diante das incertezas no cenário econômico mundial, causado pela
estagnação das economias centrais e dos desafios macroeconômicos
do Brasil, tomei as medidas preventivas e determinei um
contingenciamento para evitarmos restrições compulsórias ao
desenvolvimento do nosso estado.
Vamos ser ainda mais rígidos no custeio, aprimorando a qualidade do
gasto público, para evitar que as limitações financeiras atinjam os
nossos investimentos. Porém, a medida e o tamanho deste
contingenciamento serão definidos conforme o ajuste fiscal que será
também realizado pelo Governo Federal.
Senhoras e senhores
Ao falar aqui hoje, do plenário dessa Casa, que também é a Casa da
Democracia, não posso deixar de lembrar que há menos de uma
semana travamos uma dura batalha para vencer o medo e a
intimidação. A democracia não se curvou e nunca se curvará.
Quero, em primeiro lugar, me solidarizar com o povo da Bahia que
viveu dias dos mais difíceis e mais ainda com aqueles que foram
vítimas direta da violência.
Também agradeço à presidenta Dilma Rousseff, que mostrando ser
parceira leal, prontamente atendeu ao nosso pedido pelo reforço das
tropas do Exército Brasileiro e das Forças Nacionais de Segurança,
contribuindo com a ordem e a tranquilidade em nosso Estado, ante a
ameaça de um grupo minoritário que queria impunemente colocar em
cheque o Estado Democrático de Direito. Não apenas na Bahia, é bom
que se diga, mas em escala nacional.
Agradeço a lealdade dos componentes da nossa gloriosa e centenária
Polícia Militar, que, nexta sexta-feira, completa 180 anos de
existência, não aceitaram ser arrastados para essa aventura
antidemocrática.
Os acontecimentos do início desse mês nos trazem certamente
grandes lições. Eu digo e repito: nós não estávamos a enfrentar aqui
na Bahia apenas um movimento de caráter sindical ou reivindicatório,
como, muitas vezes, ao longo da minha vida, participei.
As reivindicações dos nossos policiais militares sempre foram tratadas
com respeito, com diálogo, e um clima de mútua confiança. Esse
diálogo já rendeu grandes conquistas às nossas polícias nos últimos
cinco anos, entre elas o aumento real de 30% nos salários, planos de
carreira, progressões e outros anseios da corporação, que tive a
honra de sancionar como governador.
A incorporação da GAP 4 e 5, a partir de novembro desse ano a se
completar em abril 2015, além de responder a uma demanda
histórica da categoria, representará um novo aumento de até 30%
nos vencimentos dos policiais.
Em que pesem os avanços, sei que esta situação ainda não é a ideal.
Nossa política de valorização das polícias é contínua e crescente, mas
leva em consideração o limitado orçamento do Governo do Estado da
Bahia, além do compromisso com a Lei de Responsabilidade Fiscal,
que estabelece restrições de despesas com pessoal.
Mesmo assim, incorporamos 9.000 novos policiais aos nossos
quadros, melhoramos as condições de trabalho de todos, com novos
equipamentos de segurança, novos armamentos, novas viaturas e
uma nova concepção estratégica do uso da inteligência como modo
de mapear e prevenir o crime.
O resultado de tudo isso já se refletiu nas estatísticas da segurança
pública em 2011, quando revertemos uma curva ascendente da
criminalidade que vinha desde o ano de 2001: pela primeira vez em
10 anos, teve um decréscimo desses índices!
Travamos uma dura batalha contra a violência. Criamos o Pacto pela
Vida, um programa que concentra esforços dos diversos órgãos da
administração estadual e municipais, em interação com a sociedade
civil, para reduzir os índices de violência, com ênfase na diminuição
dos crimes contra a vida. Implantamos 05 Bases Comunitárias em
Salvador (Calabar, Subúrbio e 03 no Nordeste de Amaralina) e temos
um cronograma de instalação de novas unidades na capital e no
interior. Não daremos trégua à criminalidade!
Quero aqui fazer uma pequena pausa apenas para registrar meu
agradecimento a todos que contribuíram para que a ordem fosse
conquistada e a tranquilidade voltasse ao estado da Bahia. A todos
aqueles que têm como legítimas as reivindicações, mas entendem
que a conquista da democracia, há 27 anos no Brasil, é irreversível e
não será pela força e intimidação que qualquer segmento da
sociedade possa pretender realizar legítimo anseio de progressão na
vida. Falo isso com muita serenidade, com muita tranquilidade e
firmeza. Como democrata que sou, estarei sempre aberto ao diálogo
e não me movimento por rancor, por ódio ou qualquer tipo de
revanchismo. Porém, não podemos assistir a Casa do Povo ocupada,
as ruas descobertas, a afronta à população daqueles que ultrapassam
qualquer limites da democracia para tentar atingir os seus direitos.
Queria registrar aqui a contribuição de Dom Murilo, do seu esforço na
mediação, a Saul Quadros, da OAB, e a todos os parlamentares dessa
Casa. Registrar com muita alegria que neste momento, eu diria de
crise, nós vimos o quanto é importante a Agenda Bahia, inaugurada
por nós, no encontro do Poder Legislativo, Executivo, Judiciário e do
Ministério Público do Estado, e nessa hora me deu ainda mais força
democrática, mais serenidade e certeza de perceber que havia uma
sinergia entre os poderes, não entorno de mim, mas na defesa da
democracia.
Quero daqui da tribuna dessa Casa mandar uma palavra
a toda essa corporação que tem o carinho, o respeito do povo baiano.
Essa corporação, que completa 187 anos nesta sexta-feira, tenho
certeza que não permitirá, por mais tensa, dura e dolorosa que
tenham sido esses onze ou doze dias de paralisação, não permitirá
perder o carinho e o apreço, do sentimento de proteção e a
admiração, inclusive nacional e internacional, por ser no Carnaval da
Bahia maior operação militar fora de tempo de guerra executada no
mundo. Uma festa dessa dimensão, com infelizmente alguns
incidentes, não se pode desconhecer que a presteza, a tenacidade, o
planejamento, o uso cada maior das tecnologias, tem feito o povo se
admirar da capacidade da nossa gente, da Polícia Militar, de garantir
a ordem em quilômetros de folia, onde todas as incitações existem e
mesmo assim se mantém a ordem.
Eu quero aqui mandar uma palavra do governador e comandante da
Polícia Militar da Bahia, nós, em função do ocorrido, não vamos nos
alimentar de rancor e ódio porque essa nunca foi a minha forma agir.
Temos que apurar, temos que eventualmente punir aqueles que
afrontaram, repito, não a mim, mas afrontaram a democracia e o
Estado democrático de direito. Estou sereno e tranquilo de ter
passado dias difíceis com a convicção de que não havia dois
caminhos: o caminho da negociação de um lado, mas o caminho da
obstrução, da afronta a democracia, do outro.
Nos conduzimos assim
e creio que, assim, não diria vencemos. Acho que perdermos tudo por
ver o sofrimento que passamos. Mas venceu a democracia, que se
impôs como forma melhor de mostrar a Bahia, ao Brasil e ao mundo,
conviver sem armas apontadas, sem braços levantados, sem afronta
do direito de ir vir de cada cidadão, que é o que há de mais sagrado
na democracia brasileira.
Quero afirmar que mais do que nunca acredito que o caminho do
diálogo e da democracia é o caminho da nova Bahia e ninguém, nem
com o uso da força, será capaz de desviar nosso Estado desse rumo.
Estamos hoje aqui entregando a este Parlamento o Projeto de Lei que
define o reajuste de 6,5% retroativo a janeiro para todos os
servidores estaduais e o Projeto de Lei que estabelece para a Polícia
Militar as condições e os prazos para a incorporação das GAPs 4 e 5
aos rendimentos da categoria.
Esses projetos resultam de um grande esforço do Estado para
atender uma demanda salarial dos seus servidores, uma vez que
muitos estados e mesmo o Governo Federal não conseguiram
promover reajustes salariais dessa monta. A minha convicção -
lastreada na minha história de líder sindical - ao conceder a
reposição da inflação do período é que temos de manter o poder de
compra daqueles que trabalham e de suas famílias.
Apenas um esclarecimento, que para alguns ficou a dúvida. Por que a
intransigência e não trazer a GAP 4 para mais cedo e a Gap 5 para
mais cedo? Nós já trouxemos para mais cedo, que não havia previsão
orçamentária. No orçamento de 2012, nós teremos que fazer
remanejamento para que esse benefício fosse concedido
independente das anistias ou não. Esse benefício exige um
investimento de R$ 14 milhões mensais para ser pago.
Então, em dois meses, três meses, significa ter que disponibilizar mais R$ 30,
R$ 40, R$ 50 milhões. Esse benefício, quando completo, significará
um incremento na folha de R$ 180 milhões. Então, senhores, não é
capricho do governador. É uma responsabilidade do governador que
não pode, já que o limite da autoridade é a lei, dispor o orçamento ao
seu bel prazer, e tem que respeitar o orçamento e a capacidade
orçamentária. É só para explicar, porque alguns ficam me
perguntando: o senhor não poderia ter... podia se tivesse dinheiro,
previsão orçamentária e espaço da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Senhoras e Senhores Deputados,
Desnecessário lembrar aqui que 2012 é um ano eleitoral, o que
significa um calendário fiscal mais curto, impondo dificuldades a mais
no relacionamento financeiro tanto entre Estado e Municípios, quanto
entre a União e o Estado.
Lembro também, neste ano eleitoral, que o projeto maior de
desenvolvimento da Bahia deve estar acima das outras questões. Isto
exige união e comprometimento em torno dos interesses maiores do
nosso Estado.
Aproveito também para conclamar os agentes envolvidos nos pleitos
municipais a manter o tom do debate político nos limites da disputa
de ideias e de projetos administrativos, evitando conflitos e
confrontos que resvalem na intimidação pessoal e no rompimento das
regras democráticas de convivência.
Por fim, é fundamental insistir na importância de mantermos relações
de cooperação e parceria com essa Assembleia Legislativa,
respeitando as autonomias entre os poderes. Afinal, a continuidade
de muitos dos programas que aqui listamos e de outros que
implementaremos, dependerá do imprescindível apoio desta Casa, a
"Casa do Povo".
Desejo a todos os Deputados e Deputadas um feliz e produtivo 2012.
Concluo com a certeza de que contaremos com apoio deste Plenário,
porque se trata da união em torno do mesmo projeto: construção de
uma nova Bahia, mais dinâmica e menos desigual, a Bahia de Todos
Nós!
Obrigado!