De volta a Bahia, o ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, foi recebido nesta terça-feira, 14, com festa no aeroporto Luis Eduardo Magalhães, em Salvador, estendendo as comemorações até o Clube 2004, onde políticos, prefeitos e líderes comunitários foram recepcioná-lo. Logo depois, participou de uma reunião na sede do PT, nas comemorações dos 32 anos de fundação do partido.

   Gabrielli desconversa e diz que ainda não sabe qual o seu destino. "Estou em 'stand by' aguardando a convocação para o trabalho", afirma o economista e professor da UFBA. Esse aliás, segundo o próprio, é o seu destino natural num prazo de 30 dias. No entanto, diz-se que nos próximos dias será anunciada pelo governador Jaques Wagner qual secretaria ocupará.

  Gabrielli é um dos pré-candidatos à sucessão de Wagner em 2014 e tem a simpatia de diversas correntes do PT baiano, contando inclusive com o apoio do ex-presidente Lula.

  "Gabrielli é um dos nomes mais preparados da Bahia. Seu talento como gestor já foi comprovado à frente de uma das maiores empresas do mundo, a Petrobras", afirmou o ex-governador Waldir Pires, presente à festa no Clube 2004. Segundo ele, o economista tem o perfil adequado para gerir o Estado e certamente será um dos nomes fortes na sucessão de Jaques Wagner.

   Já o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), aposentado da Petrobras, onde exerceu até 2010 cargos executivos Gabrielli será muito importante para o Governo Wagner, pela sua experiência e seriedade.

   "É um nome que vai somar bastante nos quadros do governo. Ainda é cedo pra falar em sucessão, mas certamente seu nome estará em evidência dado o sucesso que teve à frente da Petrobras" afirma Rosemberg. Para o deputado federal Nelson Pelegrino, pré-candidato do PT à prefeitura de Salvador, Gabrielli é um baiano ilustre, que esteve junto dos movimentos populares, desde o movimento estudantil e que mostrou eficiência e profissionalismo à frente da Petrobras. "É um nome que nos deixa otimistas para a sucessão de Wagner", frisou.

   Gabrielli diz que vai aproveitar o Carnaval. Segundo ele, gerir a maior empresa do País foi um desafio. "É incrível o grande número de excelentes profissionais dentro da Petrobras". O economista dirigiu a empresa em um dos seus momentos de maior crescimento, principalmente durante as descobertas e início da extração do petróleo na camada de pré-sal. "É um grande acerto. Fomos buscar petróleo a 300 km da costa, a uma profundidade de 2 mil metros e com uma camada de sal de até 5 mil metros. É tudo fruto de um trabalho sério e da qualidade dos profissionais que fazem parte dos quadro da empresa", afirmou.