“Esta não foi a primeira nem será a última greve da categoria, ninguém tenha dúvida disso”, alertou nesta segunda-feira, 13, o vereador Alcindo Anunciação (PT), referindo-se ao movimento dos policiais militares baianos, encerrado oficialmente nesse fim de semana.
De acordo com o edil, o sentimento da tropa não é de plena tranquilidade, pois a volta ao trabalho se deu sem o atendimento total das reivindicações, algumas delas consideradas importantes para a corporação.
O petista considerou um avanço o pagamento das gratificações (Gap 4 e 5), mesmo com o seu parcelamento, por se tratar de um pleito antigo, cujo cumprimento vinha sendo protelado desde o governo de César Borges, passando depois por Paulo Souto.
“Não estou aqui defendendo o governo, pois todos sabem as críticas que fiz durante os dias da greve, mas é preciso reconhecer os esforços feitos para resolver a situação”, disse Alcindo.
Para ele, o movimento mostrou a necessidade de uma política nacional de segurança pública em que a União participe na complementação dos salários dos policiais. “A PM de Brasília é bem remunerada porque o pagamento é feito pelo Governo Federal”, exemplificou.
Em sua opinião, a proposta de emenda constitucional (PEC 300), que estabelece o piso salarial nacional dos policiais, deve ser aprovada como parte dessa estratégia de segurança, e os Estados com menor capacidade orçamentária precisam ser auxiliados pelo poder central, como já acontece no Distrito Federal.