Política

CÂMARA APELA PARA O BOM SENSO NAS NEGOCIAÇÕES ENTRE PMs E GOVERNO

| 08/02/2012 às 20:27
Os vereadores estão preocupados com o clima de insegurança no Estado
Foto: Rodrigo Soares
Um comunicado, solicitando bom senso nas negociações entre o Governo do Estado e os grevistas da Polícia Militar foi o resultado da reunião realizada na manhã desta quarta-feira, 8, pela  Mesa Diretora da Câmara de Salvador. O encontro, articulado por Alcindo Anunciação (PT), revelou a preocupação do Legislativo Municipal com o clima de insegurança existente na Capital e interior resultante da paralisação.

A Câmara se colocou ainda à disposição para integrar o comitê de crise, liderado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA) e Arquidiocese de Salvador. Os edis esperam um desfecho o vais rápido possível para restabelecer a ordem e a paz social.

Participaram do encontro, além do petista, o presidente Pedro Godinho (PMDB), o 1º secretário Carlos Muniz (PTN), a ouvidora-geral Olívia Santana (PCdoB), o 1º vice-presidente Paulo Magalhães Jr. (PSD), o 3º vice-presidente Paulo Câmara (PSDB) e Everaldo Bispo (PMDB, presidente da Comissão de Constituição e Justiça).

Pontos negativos

Para Alcindo, o anúncio veiculado nos meios de comunicação pelo governo pode causar um impacto positivo na população, mostrando disposição por parte do Estado em resolver o problema, mas provoca reações negativas na tropa.

A principal questão do conflito ainda é o mandado de prisão contra os líderes grevistas, pois não se revogou também a ordem para mandar os presos a presídios de segurança máxima (existentes em Camaçari e Serrinha).

Segundo ele, policiais com quem se encontra na cidade revelam grande insatisfação com o clima dentro da corporação, sendo obrigados a trabalhar contra a vontade, apenas por medo de punição, até de exoneração. “Uma dessas soldados me abordou, chorando, e me contou seus temores”, relatou.

Durante a tarde, o vereador recebeu informações sobre a paralisação das quatro companhias das Rondas Especiais, as Rondesps, começando pela Atlântico, responsável pelo policiamento da Orla, desde a Barra até Stella Maris, com cerca de 300 homens. A decisão se espalhou depois para os batalhões do Comércio, Mussurunga e Simões Filho.