O vice-presidente do diretório estadual do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL-BA), Hilton Coelho, afirmou que "a população baiana infelizmente não pode alimentar grandes ilusões diante da nova gestão de Jaques Wagner (PT) no governo do estado.

Alguém que teve 39% de seu custo de campanha eleitoral bancado pelas mesmas empreiteiras que prestam serviços ao estado, no mínimo tem sua isenção arranhada. Ora, R$ 26,2 milhões em doações não é qualquer coisa. Não entro nem no mérito legal e sim no moral e político", avalia o dirigente psolista. Hilton Coelho acrescenta que "na campanha eleitoral nosso jingle destacava que 'chega de vender a nossa Bahia'.

Constatamos com tristeza que a indústria imobiliária continuará com tudo no governo estadual. Wagner teve a terceira mais cara campanha eleitoral para governador em todo o Brasil. Tudo isso, é importante destacar, segundo dados oficiais divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O empresário com interesses imobiliários e no setor energético, Carlos Seabra Suarez e sua ex-mulher Abigail Silva Suarez, doaram R$ 250 mil cada. A OAS e Odebrecht que atuam, por exemplo, na Via Expressa Baía de Todos-os-Santos e na construção da Arena Fonte Nova não tiveram o menor problema em fazer doações milionárias. Isso tudo sem mencionar a Camargo Corrêa que doou R$ 85 milhões".

"Até o descanso do governador Wagner após a campanha eleitoral recebeu um mimo dos grandes empresários. O milionário empresário da área de mineração, João Cavalcante, emprestou a aeronave que levou nosso mandatário para passear na Argentina, ao que consta, a custo zero. Nós do PSOL vamos exercer com firmeza o papel que as urnas nos deram, o de fiscalizar e denunciar quaisquer fatos que atentem contra os interesses populares. Somos oposição e a faremos com muita responsabilidade sempre servindo como instrumento de organização e luta dos setores excluídos do atual e do próximo governo da Bahia", finalizou Hilton Coelho.