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Morre em Serrinha de infarto um dos mais antigos colaboradores do PMDB (e depois PCdoB), o advogado de militante político, Genebaldo Queiroz, aos 65 anos de idade. Seu sepultamento acontecerá nesta segunda-feira, 8, e o corpo está sendo velado no Fórum Luis Viana Filho, nesta cidade. Polêmista nato era irmão do ex-vereador Gildardo Queiroz.
Estudou até o 4º ano na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, sendo expulso pela Ditadura Militar, com o Ato Institucional n° 05, de 13/12/1968, por sua participação no Movimento Estudantil, quando foi preso algumas vezes.
Neste período foi Funcionário Publico do Departamento dos Correios e Telégrafos, DCT, hoje Empresa Brasileira dos Correios e Telégrafos, tendo exercido função como defensor em Comissões de Inquéritos, no Serviço de Relações Publicas, como Teletipista na Sala de Aparelhos, e como Auxiliar de Tesouraria no Setor de Taxas Telegráficas. Também foi Bancário trabalhando no então Banco Econômico da Bahia, na Rua Chile, em Setores de Cobrança, Conta Corrente e Contabilidade.
Concluiu o curso na Faculdade de Direito Brás Cubas em Mogi das Cruzes - São Paulo, no ano de 1970.
Experiência Profissional
Advogou em São Paulo e Rio de Janeiro a partir de 1969 como Solicitador Acadêmico, na Praça João Mendes, 42, 12° andar, centro, em circuito com o escritório da Rua Dom José de Barros - Travessa da Barão de Itapetininga, com vários colegas, destacando-se José de Kauffman - Dantas B. Jota - Marisa Diegues e Ieda Martins.
Ainda em São Paulo: Na rua Baronesa de Itú - Higienópolis - com Antonio Funari Filho (hoje Corregedor Geral da Policia Civil de São Paulo) - Marcos Funari - Valter - Daniel Vaz de Almeida, onde também trabalhava o Contador Philemon Vaz de Almeida - estes dois últimos, irmãos, de Jaboticabal - SP - até o dia 18/02/1972, quando foi preso pela Operação Bandeirantes - Órgão da Ditadura Militar - como dirigente do Partido Comunista do Brasil - PCdoB, prisão essa que durou até o dia 28/10/1973. Prestou serviço, dentre outros, ao Livreiro Arturo Vasquez Moreno e a Livraria Panamericana - esta na Rua Maria Antonia, na Consolação.
Advogou para a Editora Panamericana - de Hermenegildo Sá Cavalcante - por intermédio de Francisco Brito Magalhães Junior, de quem era concunhado - tanto em São Paulo como no Rio. Trabalhou, ainda, como Free Lancer, corrigindo livros, quando escreveu três livros jurídicos: 1. Prática das Sociedades, 2. Manual Prático das Locações e 3. Prática das Transações Imobiliárias, os dois primeiros publicados pela Editora Themis, em nome de Dantas Batista Jota, sem que o mesmo soubesse das razões de colocá-lo em seu nome, porque, sendo condenado com base na Lei de Segurança Nacional pela Auditoria Militar da Bahia, com certeza, se o mesmo o soubesse se recusaria, isto é não emprestaria o seu nome para não sofrer perseguições, enquanto que o terceiro teve seus originais apreendidos, junto com todos os livros que possuía, aproximadamente 300, exemplares pelos prepostos da Ditadura Militar, no instante da sua última prisão em São Paulo.
De volta para a Bahia
Advogou em Salvador instalando-se no Edifício Larbraz e depois no Edifício Visconde de Cairú e depois instalou-se também em Serrinha - Ba, onde até então centralizava suas atividades e onde se dedicou, também, a edição de Jornais, primeiro o Jornal "O Tabuleiro", e, finalmente, Jornal do MRP - Movimento Renovador Popular.
Tem militado nas várias Comarcas do interior do Estado, inicialmente, em Serrinha. Foi uns dos fundadores da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, para toda a região - tendo sido o seu primeiro Presidente, por duas gestões, durante quatro anos consecutivos, quando criou o Serviço de Assistência Judiciária em Serrinha e demais comarcas da região.