Política

SERRA AGREDIDO POR PETISTAS RIO É ATINGIDO NA CABEÇA E VAI À HOSPITAL

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| 20/10/2010 às 15:01
Serra classificou como atos próprios de fascistas a ação de membros do PT
Foto: O Globo
 O candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, foi ao Hospital Sorocaba, no Rio de Janeiro, na tarde desta terça-feira (20), para verificar se o objeto que atingiu sua cabeça durante enfrentamento entre cabos eleitorais, numa caminhada no calçadão de Campo Grande, causou algum ferimento.


Após iniciar uma manifestação a favor da candidata Dilma Rousseff, um grupo de cerca de 100 militantes do PT colocou-se em frente ao local onde passava a comitiva de Serra, com faixas atacando o candidato tucano e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Houve enfrentamento entre os dois lados e Serra deixou a caminhada depois que foi atingido por um objeto. Segundo um dos seus seguranças, teria sido um rolo de adesivos que estaria com os militantes do PT.
 

O candidato mantém sua agenda e segue para verificar as obras do Estádio do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014. A partir das 17h, Serra tem um encontro com a militância no Grande Salão do Porcão.

TROPAS FASCISTAS

calçadão de Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, virou uma praça de guerra entre militantes do PT e PSDB nesta quarta-feira (20). Após iniciar uma manifestação a favor da candidata Dilma Rousseff, um grupo de cerca de 100 militantes do PT colocou-se em frente do local onde passava a comitiva de Serra, com faixas atacando o candidato tucano e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o tumulto acabou em confusão entre os dois lados.


Os petistas iniciaram o protesto carregando faixas com as inscrições "Serra e FHC, aposentado não é vagabundo", em alusão a uma frase de FHC de que aposentar aos 50 anos seria coisa de vagabundo (o ex-presidente sempre se defendeu dizendo que a frase não teria sido essa e que a afirmação havia sido descontextualizada) e "Serra e FHC querem vender a Petrobras", acusação que vem sendo repetida pela propaganda da candidata petista (o ex-presidente e o candidato tucano negam essa intenção).


Um grupo de funcionários da Fundação Nacional de Saúde, conhecido como "mata mosquitos", demitidos no governo FHC, também protestaram contra Serra, atribuindo às demissões a epidemia de dengue ocorrida em 2001, quando Serra era Ministro da Saúde - outra epidemia semelhante ocorreu em 2004 no Rio de Janeiro, quando Lula já era presidente.


Os "mata-mosquitos" chamaram Serra de assassino, sendo respondidos por gritos de simpatizantes do tucano, que chamaram Dilma de assassina, em alusão à sua participação no grupo VAR-Palmares, que cometeu atentados durante a ditadura militar.

Serra se irritou com xingamentos e se virou para os protestos adversários, mas antes de manifestar qualquer reação, o candidato a vice, Indio da Costa (DEM), puxou Serra de volta para a caminhada.


Mas, na passagem entre uma banca de jornal e duas drogarias, chegou a haver troca de agressões, quando cabos eleitorais de Dilma fecharam a passagem dos simpatizantes de Serra, que iam sentido à estação de trem de Campo Grande. Com a confusão, mais de 20 lojas fecharam as portas temendo depredações, entre o calçadão de Campo Grande e a rua Viúva Dantas.


Serra, que chegou a ser impedido pelo dono de entrar em uma da lojas para se proteger da confusão, deixou a caminhada depois que foi atingido por um objeto jogado. Segundo um dos seus seguranças, teria sido um rolo, provavelmente de adesivos, que estaria com os militantes do PT. Uma assessora do candidato tucano também afirmou ter levado um soco na boca do estômago durante o tumulto.


Diante da briga entre petistas e tucanos, Serra comparou a ação dos cabos eleitorais da candidata rival a movimentos fascistas. "O PT tem tropa de choque. Lembra das tropas nazistas? Isso é típico de movimentos fascitas", afirmou.

Segundo o