Os candidatos à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) utilizaram no horário eleitoral veiculado nesta segunda-feira (18) imagens do debate promovido pela Rede TV e pelo jornal "Folha de São Paulo" neste domingo (17). Dilma destacou trechos em que afirma que Serra é a favor das privatizações. O candidato do PSDB utilizou trechos em que garante que não promoverá privatizações.
Os candidatos também trocaram acusações de corrupção. Dilma utilizou trecho do debate no qual questiona Serra sobre denúncias de que Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, teria desviado recursos de sua campanha eleitoral. Ele participou da principal obra do governo Serra em São Paulo, a construção do Rodoanel.
Segundo o programa de Dilma, José Serra disse que não conhecia Paulo Preto, mas depois admitiu que o conhecia. No programa, foram mostradas reportagens apontando Paulo Preto como suspeito de corrupção na obra do Rodoanel. Foi dito ainda que a filha de Paulo Preto teria sido nomeada por Serra para cargo de confiança no Palácio dos Bandeirantes.
Dilma mostrou também depoimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo aos eleitores que comparem o Brasil que estava "dando errado" e o Brasil "que está dando certo".
No horário eleitoral, o programa de Serra tratou das acusações de tráfico de influência envolvendo a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra. O candidato do PSDB utilizou trechos do debate em que apresenta propostas para as áreas de saúde, educação e combate às drogas. Segundo Serra, o governo Lula não investiu no tratamento de pessoas com necessidades físicas especiais.
Sobre as privatizações, Serra afirmou que "hoje, não há na agenda do Brasil empresas para serem privatizadas, há empresas, isto sim, para serem estatizadas (...) são empresas públicas que o governo é proprietário, mas são usadas para fins privados de um partido, de um grupo, de uma turma, como acontece infelizmente na própria área da Petrobras".
Serra disse que liderou a luta pela defesa da Petrobras e que o PT mente ao afirmar que ele promoverá privatizações em seu eventual governo.