"É inexplicável que num momento de crise, quando o prefeito enxuga a máquina, elimina cargos e reitera as dificuldades financeiras do município, venha propor e força a aprovação de um projeto que concede para empresas privadas, por até 40 anos, a prestação dos serviços de limpeza urbana e destino final do lixo, que só faz ampliar as possibilidades de lucro dessas empresas e não assegura a melhoria da qualidade dos serviços. É uma vergonha!", bradou Santiago.
Depois de criticar o comportamento da bancada governista, que aprovou a votação dos dois projetos em regime de urgência urgentíssima, evitando o debate entre os vereadores e com a sociedade, o petista lembrou que os projetos entraram na pauta de votação sem que tenha passado pelas comissões técnicas da Casa. "Nem o presidente da Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente sabia que esses projetos entrariam ontem na pauta de votações", denunciou o vereador.
"Foi vergonhoso o que vimos aqui. É uma história que se repete em forma de tragédia, como foi a votação do PDDU. O modo como a bancada governista se comportou em nada contribui para melhorar a imagem do poder legislativo junto à sociedade, pois ele continua servil e submisso aos interesses do poder executivo e das empresas", afirmou.
Gilmar Santiago lembrou que em 2003, a Câmara de Salvador também agiu da mesma forma, ao aprovar a privatização da prestação dos serviços de água. Medida que só pode ser revertida através de uma iniciativa popular, que coletou milhares de assinaturas para um projeto de revogação daquela lei, que veio a ser aprovada, revertendo a privatização. "Acredito que este é um exemplo que poderemos adotar novamente agora", considerou.