Tudo começou com a troca de acusações entre os vereadores. Enquanto Senna acusava Gilmar Santiago de querer aprovar tudo "como um trator" quando era secretário do governo, o petista insinuou que os vereadores votaram em favor do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) para beneficiar interesses imobiliários e ainda disse que teme que aconteça a mesma coisa com o Plano Básico de Limpeza Urbana (PBLU).
Com muita resistência dos oposicionistas, a urgência dos dois projetos foi aprovada. "É um absurdo aprovar a urgência às vereadores, com a maioria dos vereadores não tendo nem consciência do que está sendo votado, para beneficiar os interesses dos empresários do lixo. Um projeto complexo como esse não teve nem o parecer da Comissão de Constituição e Justiça. É desonesto com a cidade", afirmou a líder da oposição, Aladilce Souza (PCdoB).
MAIS BRIGAS
A sessão teve outras brigas. O desentendimento entre um assessor da oposição e o líder do governo, Sandoval Guimarães (PMDB) porque, durante uma entrevista do peemedebista para uma emissora de televisão, um assessor da oposição afirmou em alto e bom som que o governo estaria comprado por empresários do lixo. Guimarães rebateu à altura, pediu respeito ao assessor , mas a discussão também foi apartada pelos vereadores.
Vânia Galvão (PT) e Paulo Câmara (PSDB) também discutiram. Os dois portavam documentos do Ministério Público diferentes e enquanto o tucano o tucano afirmava que o seu documento datado de 27 de março de 2009, a petista com o documento de 28 de abril exigia que havia orientações no documento que sugeriam que o projeto fosse discutido antes da votação.
Até às 18:50, a votação dos projetos estava obstruída pelos vereadores da oposição que pretendem vencer os da situação pelo cansaço. Se não for votado hoje, na próxima sessão ordinária, segunda-feira (01/06), provavelmente serão votados, em regime de urgência urgentíssima, os dois projetos. (Marivaldo Filho, repórter)