2. Pelo texto da Constituição Federal de 1988 ficou liberado para cada parlamento brasileiro (Congresso, assembleias estaduais e câmaras municipais) fixarem os valores de remuneração dos seus componentes, mas logo veio, em 1994, uma emenda, de autoria do então senador carioca, baiano de nascimento, Nelson Carneiro vinculando a remuneração do deputado estadual a, no máximo, 75% do que ganhava o federal, bem como o mesmo percentual relativo à remuneração do estadual como limite dos vereadores.
3. O argumento que motivou a mudança era de que os parlamentos pelo Brasil afora ficaram muitos livres para definirem suas remunerações e estava exagerando na dose, criando condições para o fortalecimento financeiro de prováveis candidatos concorrentes ao Congresso, desbancando os que lá estavam.
4. Aqui na Bahia, sob a batuta de ACM, no seu terceiro governo, chegou-se ao absurdo de reduzir os vencimentos dos deputados estaduais que estavam ganhando mais de 75% dos federais, quando a emenda determinava que a sua vigência dar-se-ia na legislatura que começaria em fevereiro de 1995.
5. Agora, a opinião dominante no Congresso Nacional é pela liberação de cada parlamento para definir a remuneração dos seus membros, numa forma de evitar o efeito cascata com o reajuste para incorporar os penduricalhos.
6. A novela para preenchimento da presidência da CODEBA prossegue. Aconteceu no dia 30 de abril útimo, mais uma reunião do Conselho de Administração da empresa e o representante do governo federal não apresentou nenhum nome para ser eleito.
7. O que não se explica é um estado da importância da Bahia, com forte tradição no mercado exterior, viver tanto tempo uma situação de indefinição na gestão de seus portos públicos, pois o ultimo presidente saiu em janeiro e não tem um substituto definitivo.
8. Segundo conhecedores desta seara, está sendo travada uma guerra para domínio do grosso das exportações de grãos produzidos na Bahia. Esta disputa já vem desde 2005, quando a CODEBA tentou entregar a multinacional BUNGE uma área para implantação de terminal graneleiro no Porto de Aratu e um grupo privado que possui um terminal similar denunciou, através de parlamentares, o fato ao TCU, que decidiu pela anulação da concessão, ficando a RMS sem ter, em porto público, um terminal para escoamento de grãos e qualquer perspectiva de contá-lo em curto prazo.
9. Os mesmos conhecedores afirmam que o sistema portuário baiano está cada vez mais se tornando monopólio, contrariando o objetivo primordial da Lei de Portos, que é a democratização da prestação de serviços.
10. A Secretaria de Portos, que tem status de Ministério, orientou a CODEBA a fazer aditivo ao contrato firmado com a Wilson Sons, que opera o terminal de containeres da Ponta Sul do Porto de Salvador, para outorgar, por 30 anos, o outro terminal da Ponta Norte, sem qualquer processo licitatório.
11. Assim, somente esta empresa vai operar com containeres nos portos baianos numa absurda monopolização e condição ideal para imposição de tarifas caras, aumentando o custo Bahia.
12. O porto de Ilhéus que exportava os grãos do Oeste ficou um grande tempo parado, só voltando a operar agora com a previsão de embarque de cerca de 100 mil ton , quantidade ínfima perante a safra total de 1,5 milhão de ton.
13. No PR, um dia depois de reunião fechada realizada com as bancadas, quando foi anunciado o compromisso de marcharem todos juntos em busca da reeleição, um grupo de quatro estaduais e três federais deu uma demonstração de ampla repercussão de que vai tentar outro caminho.
14. A vereadora Leo Kret anda dizendo que pode se candidatar a deputada federal, o que abre uma seria possibilidade da Bahia eleger a primeira transformista para o Congresso Nacional. Vai ser um prato cheio para a mídia nacional e internacional.
Os atuais deputados tão incentivando porque acham que vai puxar muitos no voto de legenda.
15. Os auditores do Tribunal de Contas do Estado que estão preparando o relatório preliminar sobre a prestação de contas do Governo Wagner, ano 2008, começam a desvendar o mistério da existência de registro contábil dando um caixa de cerca de R$ 1, 5 bilhão, enquanto, na prática, o Estado vive uma pindaíba danada, com atrasos no pagamento dos fornecedores e empreiteiros.
16. De cara, verificaram que a arrecadação foi inflada com a inclusão de receitas de fundos e convênios com previsão de desembolsos plurianuais no montante e que a despesa de custeio cresceu 15 % em relação a 2007, que praticamente anulou o crescimento da receita do ICMS em torno de 30% , no período de 2006 comparado com 2008.
17. O que está deixando a cúpula da Secretaria da Fazenda de orelha em pé é o fato de quanto vai ser o impacto financeiro proveniente da reestruturação das 25 carreiras do funcionalismo, cujo processo de implantação vem se dando de forma paulatina.