Jonas Paulo recordou tensões vividas na política local, como a montagem da chapa de esquerda para a disputa de Salvador, e até a definição interna da legenda, na qual se elegeu presidente após três turnos de votação. "Não existe política sem tensão, sem você pegar os contraditórios e construir síntese", disse, demonstrando disposição para o entendimento e manutenção da aliança no Estado.
O fim da verticalização, que, em 2006, amarrou a nível nacional os interesses das composições partidária nos estados, foi apontado como determinante pelo presidente do PT para que se buscasse a construção da aliança com o PMDB em cada estado. "Existe uma determinação para conformar as alianças em estados como Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina. Não é na Bahia, onde se começou essa aliança, que vamos trabalhar pra rompê-la", afirmou, reiterando que a recente orientação da Direção Nacional do PT já tinha sido adotada pela Executiva Estadual, aprovada em resolução desde março desse ano.
Sobre as especulações de que o presidente Lula poderia intervir na tensão entre os partidos na Bahia, Jonas Paulo aproveitou para questionar a fonte: "O que foi publicado na imprensa não é verdadeiro. O presidente Lula se referiu a Pernambuco, onde é inconciliável a relação dos dois partidos. Quanto à Bahia, o presidente disse apenas que existem problemas, não que existe irremediavelmente uma disputa. Ou então estaria afirmando que não consegue tecer um diálogo sequer com o ministro dele ou, perante o País, que não tem condições nem de controlar o governo dele".