"Em conversa com o relator anterior decidimos incluir Daniel Dantas, por considerar que existem fortes indícios para tanto. Mesmo que ele já esteja sendo investigado pela Polícia Federal, com ações no Ministério Público e no Judiciário, acreditamos que a inclusão reforça a necessidade de se apurar também escutas clandestinas executadas a mando do banqueiro", disse a parlamentar, por meio de sua assessoria de imprensa.
O G1 procurou o advogado de defesa de Dantas, Andrei Schimidt, para comentar o caso e aguarda resposta.
A reunião CPI dos Grampos que estava prevista para a tarde desta quarta foi adiada para a manhã desta quinta (7) porque a nova relatora tenta buscar um consenso para apresentar seu relatório final.
Iriny Lopes assumiu o lugar do deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), antigo relator, que foi licenciado para ocupar a Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado da Bahia e havia optado por não pedir o indiciamento dos que já foram acusados em inquéritos ou ações.
Na semana passada, um voto em separado assinado por deputados do PSDB e PPS já pedia a inclusão entre os pedidos de indiciamento de Dantas, Protógenes e Lacerda, além do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Jorge Félix. Neste relatório, à exceção do banqueiro, os indiciamentos são por improbidade administrativa.
O presidente da CPI, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), também apresentou na terça-feira (5) um voto em separado defendendo pedidos de indiciamento do banqueiro, de Protógenes Queiroz e Paulo Lacerda, além do ex-diretor-adjunto da Abin José Milton Campana.