Citado no pronunciamento, quase sem apartes, do deputado federal ACM Neto na tarde de hoje na Câmara dos Deputados, o presidente estadual do PT, Jonas Paulo, considerou a postura do parlamentar como desespero diante da tentativa fracassada de o DEM transformar a marcha da UPB em ato político contra o presidente Lula e o governador Jaques Wagner.
"É a prova do esvaziamento político do carlismo no Estado. O anúncio da presença ostensiva dos carlistas espantou os prefeitos sinceros que reconhecem o esforço dos governos federal e estadual em minimizar os efeitos da crise", disse Jonas Paulo.
"Quem sucateou a malha viária do Estado, desmontou a Saúde Pública com a privatização dos hospitais regionais, fez do analfabetismo de milhões na área rural uma chaga e condenou o Semi-árido à indústria da seca e do carro-pipa?", questiona o dirigente petista, para quem "o boicote foi dos prefeitos contra a articulação dos demo-pefelistas, que patrocinaram durante quatro décadas um regime de perseguição e supressão de liberdades".
"É a política do ‘anti-midas': tudo o que eles tocam, desvaloriza-se", disse Jonas Paulo. "Só tinha a Bancada do Amém, coadjuvante, sem legitimidade e voz altiva, que inexpressivamente vagava pelo CAB", ironizou.