O ex-prefeito de Salvador e atual presidente regional do PSDB, Antonio Imbassahy, afirmou nesta manhã durante entrevista na Rádio Nova Salvador FM que a indecisão do prefeito João Henrique (PMDB), em nomear o novo secretário de Saúde do município, representa uma "falta de respeito" com a população.

  Segundo Imbassahy, quando um candidato de um partido de elege prefeito de qualquer cidade, especialmente uma capital como é o caso de Salvador, tem que ser o prefeito de todos e não de um determinado partido.

   "Uma coisa é a ação governamental, que é básica para a cidade, e a outra a questão política" - situa Imbassahy.

   Para o presidente do PSDB, que será o candidato deste partido à sucessão municipal, em 2008, as discussões em torno do processo sucessório se anteciparam porque "existe uma grande insatisfação com a administração atual da cidade".

   Sobre uma provável aliança com os Democratas, Imbassahy comenta que o PSDB, hoje, integra a base aliada do governo Jaques Wagner (PT), deseja o sucesso do governador e sua equipe, mas "queremos guardar a nossa identidade própria".

   Ou seja, que o melhor, agora, é observar a cena política sem descartar quaisquer alianças, reservando-se, no entanto, a aliança prioritária com o governo Wagner.

   Imbassahy não quis entrar no mérito da discussão em torno da sobrevivência do carlismo como legenda, entendendo que o ex-senador ACM teve seu lugar na história da política baiana, e que essa questão da continuidade ou não do carlismo passará a um segundo plano, na medida em que existem muitos problemas a serem resolvidos em benefício da Bahia.

   O ex-prefeito também criticou a atuação da administração atual que não vem pagando os salários dos monitores do programa do Telecurso, sobretudo no Colégio Alenxandrina Santos Pita, o que representa um desastre para as pessoas que estão querendo melhorar seus conhecimentos e não tiveram oportunidades.

   COMENTÁRIO
   BAHIA JÁ

   A entrevista de Imbassahy deixa claro que o PSDB não pretende se alinhar com o DEM nas eleições municipais de Salvador, sobretudo visando preservar a sua identidade própria. Mas, ao mesmo tempo, não descartaria essa possibilidade, ainda que integre a base aliada do governo Jaques Wagenr.

   Trocando em miúdos o recado está dado: se Wagner, o PT e aliados não colocarem Imbassahy/PSDB no bloco das alianças (PT/PMDB/PDT/PSB/PCdoB/PDT) ficará à vontade para decidir mais adiante.

  Como se sabe, a deputada Lídice da Mata (PSB), o prefeito João Henrique (PMDB) e o PC do B (Alice Portugal e outros) querem distância de Imbassahy/PSDB.

   E o PSDB quer integrar o bloco para viabilizar a vitória num possível segundo turno.