O senador José Sarney, ex-presidente da República, se mantém o tempo todo ao lado ou nas proximidades do corpo do senador ACM, no Palácio da Aclamação.

   Velho amigo do senador baiano, confidente em alguns momentos, dissidente em outros; nunca chegaram a brigar para valer ou romperem, politicamente.

   Em alguns momentos parecia até que isso iria acontecer, mas não acontecia.

   ACM foi o ministro mais importante do governo Sarney empossado devido a morte do presidente Tancredo Neves, em 1985.

   Foram cinco anos de mandato e ACM consguiu com Sarney, no Ministério das Comunicações, montar uma poderosa rede de emissoras de rádio, no interior da Bahia, que muito contribuiu para que o político baiano retornasse ao Palácio de Ondina pelo voto direto, em 1990.

   Por sua experiência de vida, compreensão da passagem e outros, Sarney se mostra abatido, consternado, porém, sem alardes, sem mover-se como uma personalidade a mais no velório do senador.

   O velho Sarney, tão sábio em política quanto ACM, sempre ao lado do seu fiel escudeiro Édison Lobão, jornalista que alavancou a carreira no Maranhão onde é senador, dividia o espaço com Renan Calheiros, o polêmio presidente do Senado, enlvido num caso rumoroso com uma jornalista, propinas e pagamentos de pensões alimentícias. (TF)