O coronel Cristovam Rios foi chefe da Casa Militar entre 1991 e 2006
Discretíssimo, fidelíssimo, o coronel PM da reserva Cristovam Rios, ex-chefe da Casa Militar do Governo da Bahia desde 1991 até 2006, esteve ao lado do amigo ACM até o momento em que o corpo do senador baixou a sepultura, na tarde deste sábado, 21.
Coronel Cristovam, como é mais conhecido, hoje com os cabelos brancos também tingidos pelo tempo, desde que o corpo do senador chegou a Salvador, na última sexta-feira, à noite, não saiu mais do lado do esquife.
Quem o conhece sabe de sua fidelidade ao Cabeça Branca.
Organizava todas as viagens do senador pelo interior da Bahia, todos os eventos do qual o senador ou então governador da Bahia participava no Estado e se encontrava a frente de sua segurança ou pessoalmente ou comandando de alguma maneira, por telefone por fax, na viva voz do rádio.
Lá estava Cristovam com sua turma, o tenente-coronel (hoje coronel) Sérgio Raiquil, o capitão Teixeira (hoje major) e tantos outros.
ACM só tinha olhos para o coronel Cristovam.
- Cadê Cristovam, fala com Cristovam, chama Cristovam - estava ACM sempre a procura do coronel.
Quantos esporros tomou o coronel?
Incontáveis.
Quantos elogios foram concedidos pelo senador ao coronel?
Incontáveis.
Também amigo e odiado em alguns setores da PM, por sua perpétua função de chefe da Casa Militar, o coronel foi visto até o último momento, quando os operários do Campo Santo já trabalhavam na colocação da massa que fecharia o túmulo onde repousará para sempre o Velho o Cabeça Branca.
Ainda assim, consertando o ôculos e colocado no cavalete do nariz, cabelo ao vento, terno sem desalinhar, o coronel ainda teve o cuidado de conduzir a viúva do senador até o carro, até sua residência. (TF)