Simon citou como os outros nomes dessa geração Tancredo Neves, Mário Covas, Carlos Lacerda e Leonel Brizola.
"ACM era um político muito ousado. Tinha grandes amigos e grandes adversários. Ele sempre foi um líder muito polêmico", destacou Simon.
O senador gaúcho disse que durante o governo de ACM na Bahia, e também dos demais que ele apoiou, a Bahia experimentou grande desenvolvimento. "Ultimamente no Senado ele estava tendo missão de fazer esforço pela remodelação do Senado. Teve papel importante na nova legialação de combate à corrupção."
"Nós sempre estivemos em lados opostos, mas sempre tivemos boa amizade. O país perde um grande político", afirmou Simon.
Pedro Simon afirmou que irá a Bahia para o enterro de ACM. Nesta sexta, ele participa do enterro do deputado Júlio Redecker, que morreu no acidente da TAM em São Paulo, na terça-feira (17).
WALDIR
O ministro da Defesa, Waldir Pires liberou a seguinte nota:
"O Brasil e o estado da Bahia sabem que tivemos, desde sempre, profundas divergências na atividade e no pensamento político. Neste momento, eu desejo que Deus lhe dê paz, e cumprimento todos os filhos, netos e familiares";
AÉCIO
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) destacou que "ACM gerou dissidentes do governo militar e foi essencial para fortalecer a democracia. Foi um agente importante na construção da democracia e na formação de uma América do Sul mais serena", afirmou o governador.
Questionado sobre se a morte de ACM marca o fim de uma geração, Aécio respondeu: "A política é como a vida. Tudo passa, gerações passam e as sucessões ocorrem naturamente."
Para Aécio, embora muitos criticassem ACM, não se pode negar o "papel importante dele nos últimos 50 anos". "Ele teve papel importante na transição democrática e demonstrou coragem ao enfrentar alguns membros do comando militar."
O governador afirma que tinha uma amizade pessoal com o senador baiano e que não cabe a ele julgar qualquer "controvérsia na posição política" de ACM.
Aécio Neves está no Rio Grande do Sul, onde participou do velório do deputado Júlio Redecker (PSDB-RS), que morreu no acidente com o avião da TAM, na última terça (17).
COLLOR
O ex-presidente Collor de Melo afirmou: "ACM vai fazer muita falta no Senado. Foi uma grande perda tanto para o Senado, quanto para o Brasil", disse o senador alagoano.
Collor lembrou do filho de ACM, o deputado Luís Eduardo Magalhães, que morreu em 1998. Disse que gostava muito de Luís Eduardo, que foi líder de seu governo. Para ele, a Bahia perdeu agora outra figura importante. "Eram pessoas muito firmes, tanto o pai, quanto o filho."
Fernando Collor destacou ainda que tinha um bom relacionamento com ACM.