Nesta quarta, em uma reunião de cerca de três horas, a mesa diretora do Senado acolheu a representação do Psol por quebra de decoro parlamentar contra o senador e enviou o processo para o Conselho de Ética da Casa. O senador tinha até o momento de ser notificado pelo colegiado para poder renunciar.
Ele culpou o calor da imprensa, que julgaria sem provas. Roriz criticou também a atitude do corregedor geral da Casa, Romeu Tuma (Democratas-SP), que anunciou antes mesmo de ouvir o lado da defesa que o considerava culpado. "Lamento que o senador Tuma, antes mesmo de o Senado julgar o fato, não se ateve às cautelas éticas impostas a ele. Ele agiu com despeito à serenidade e ao senso de justiça", afirmou. O corregedor classificou o caso como grave e disse ainda que outras autoridades estariam envolvidas nas denúncias.
Roriz foi flagrado em escutas telefônicas negociando R$ 2,2 milhões com o ex-presidente do Branco de Brasília, Tarcísio Franklin, preso na Operação Aquarela. Ele chegou a fazer sua defesa no Plenário da Casa na semana passada, mas não resistiu às novas denúncias de que teria usado o dinheiro para comprar a sentença de dois juízes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).