Política

SINDSEFAZ PRESSIONA GOVERNO POR MELHORES SALÁRIOS E PARA POR UMA HORA

A categoria dos fazendários pára hoje, 27, entre 14h30min e 15h30min
| 27/06/2007 às 07:50
SINDESEFAZ assegura que arrecadação cresceu 221% entre 2001/2006 (Foto:BJ)
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   Numa campanha de outdoors espalhados em alguns pontos de Salvador, sobretudo no corredor do Centro Administrativo, Avenida ACM, Avenida Juracy Magalhães Jr. e outras, o Sindicato dos Servidores da Fazenda do Estado da Bahia (SIDSEFAZ) pressiona o governo para que suas reivindicações salariais sejam atendidas.
 
   Nos outdoors o SINDESEFAZ revela que a arrecadação do Estado entre 2001/2006 cresceu 221%. E acrescenta: Quem trabalha merece!; e que a Carreira do Fisco é Justa e Moderna em 25 estados. Falta a Bahia!

   No primeiro recado, o SINDESEFAZ sinaliza que o Estado tem condições de atender as reivindicações dos fazendários (e até de outras categorias, como a dos professores); e no segundo, adverte que é o governo deve aceitar modificações no fisco, instituindo a Carreira Única, unificando os agentes de tributos/auditores fiscais, com uma nova função, sem concurso público.

   O QUE DESEJAM
   OS FAZENDÁRIOS

   Os fazendários desejam: retorno imediato do valor do ponto da GF (gratificação de função) para 3%; pagamento dos 15% da CET dos aposentados correspondente ao previsto na Constituição Federal; incorporação do PDF - gratificação por função; sub-teto de remuneração do funcionalismo correspondente ao previsto na Constituição Federal; novo plano de carreira para o fisco; elaboração de carreira para os técnicos administrativos.

   Nesta quarta-feira,27, das 14h30 às 15h30, os fazendários realizarão uma hora de alerta. Nesse mesmo momento estará se reunindo a Mesa Central de Negociação. "A categoria demonstrará que está mobilizada em torno das discussões, a fim de conquistar avanços na Mesa Setorial da Fazenda" - destaca o SINDSEFAZ.

    Durante a hora de alerta, o Sindsefaz recomenda aos fazendários a leitura e discussão da Lei Complementar nº 123, que instituiu o Supersimples.

     SINDICATO EXIGE
     COMPROMISSO SÉRIO
     NA NEGOCIAÇÃO


    O SINDSEFAZ destaca que tem uma história de luta, mas sua posição sempre foi de parcimônia, antes de convocar a categoria ao embate. Mesmo convicta que do outro lado não existiam premissas de respeito e seriedade, a entidade suspendeu uma fortíssima greve que já durava 10 dias, em 2005, após promessa de negociação pela Sefaz. Sentou à mesa com o Gabinete e passou 6 meses esperando que aquele governo negociasse de verdade. Findada a comissão paritária, passou mais 8 meses esperando negociação, até que conclamou a categoria a reagir e paralisar atividades por 48 horas, em setembro de 2006. O que ocorreu depois é história recente, escrita pelo povo baiano.

    A entidade, entretanto, não aceita que o governo entenda parcimônia como omissão ou resignação. Não aceitamos as imposições durante quatro governos carlistas e não será agora, no governo que os servidores apostam como instrumento de mudança, que iremos aceitar desrespeito.


    O Sindsefaz espera que a sua saída da reunião de (20/6) seja vista como um sinal de que queremos relações sérias, maduras e consensuais. Se o governo não se sente forte para resolver suas dúvidas, que não as coloque sobre os ombros dos sindicatos. Estes 3.600 filiados à entidade, hoje, são baluartes de lutas travadas em momentos de extrema dureza e de refluxo do movimento sindical. Estão calejados, pois.
 

   A entidade vai cobrar da SAEB mais clareza em suas posições. Não é a primeira vez que detectamos postura dúbia desta Secretaria. Por exemplo, até o momento não corrigiu publicamente a informação a respeito do abono pecuniário a partir de 2008.