A versão de que o único contato que existia, anteriormente, entre as associações ou sindicatos de funcionários públicos se dava através do protocolo, sugerindo que não havia entendimento dessas entidades com o Governo, não é verdadeira.
Essas entidades sempre discutiram suas demandas com a secretaria setorial e com a Secretaria de Administração, não deixando de haver diálogo entre as partes. E, muitas vezes, se alcançou o entendimento.
Para o deputado Tarcísio Pimenta os professores da Bahia vão passar "o pior São João de suas vidas, tantos os de níveis secundário; quanto os superiores".
Quando necessário, o ex-governador Paulo Souto participou diretamente desses entendimentos, recebendo os dirigentes dessas entidades.
SOUTO E A APLB
Um fato que foi lembrado por um assessor do governo anterior guarda uma relação muito grande com o atual impasse entre governo e professores. Em 2003, as Secretarias da Fazenda e Administração, quando do aumento do salário mínimo, lançaram na folha de pagamento o aumento apenas para aqueles níveis dos professores cujo salário base sofreu influência do salário mínimo.
Imediatamente os dirigentes da APLB através as Secretaria de Educação solicitaram uma audiência com o então governador Paulo Souto, o qual, no mesmo dia atendeu os dirigentes da entidade, que expuseram a situação que seria criada com o achatamento dos níveis salariais pela falta da manutenção dos interníveis previstos no Plano de Cargos e Salários da categoria.
O ex-governador entendeu que a reivindicação era justa e determinou que ela fosse atendida conforme o pleito da APLB.
SALÁRIOS
Outra notícia, insistentemente veiculada pelo atual secretário de Educação, Adeum Sauer, é de que o Governo atual estava igualando o salário-base ao salário mínimo, o que seria uma demanda histórica que nunca teria sido atendida.
Trata-se de outra informação não verdadeira. No governo anterior o salário base foi sempre igual ao salário mínimo, com exceção apenas do último ano, quando o aumento do salário mínimo em 16% impediu que fosse mantida aquela prática, por absoluta impossibilidade das contas estaduais suportarem o aumento.
Mesmo assim o governo proporcionou um aumento de 8% a partir de abril, concedido integralmente, com aumentos diferenciados para alguns setores na área de segurança pública que estavam muito defasados, como capitães e tenentes da PM, delegados da polícia civil e defensores públicos, soldados e agentes da polícia civil.