Ao dar posse nesta quarta-feira, 20, ao secretário interino da Saúde Municipal, o procurador João Cavalcante (atual secretário de governo), o prefeito João Henrique (PMDB) mantém o PT refém ao seu desejo político de reeleger-se, diante das indecisões desse partido em se manter ou não na base aliada do governo.

  É uma situação bastante peculiar para uma legenda que é majoritária na política estadual e que teria, em tese, militância e força suficientes para enfrentar uma eleição municipal em Salvador, com competitividade, sem precisar da muleta da Prefeitura ou do prefeito, como queiram.

   João Henrique está à vontade e já até um nome do PMDB caso o PT faça cara feia e abdique do cargo da Saúde o que, parece improvável, dado que o prefeito já conseguiu aliados internos no PT e o deputado Nelson Pelegrino (PT) tem marchado contra a maré, porém, enfrentado fortes resistências.

   Ademais, não seria de bom apetite para o secretário estadual da Saúde, Jorge Solla, tratar com um secretário do município de Salvador alinhado com o PMDB. Solla é um petista militante e prático em matérias de política e adminstração públicas, com viés estatizante.

   Até o São João sai o resultado das consultas internas do PT e, certamente, suas lideranças vão consultar o governador Jaques Wagner (PT) para tomar a decisão final.
 
   Por enquanto, no entanto, o PT está refém do prefeito.