Medrado destacou que governo Jaques Wagner, que é um governo do PT, que é um governo comandado por um ex-sindicalista, está em confronto com a categoria dos professores e só aceita dar um reajuste variável entre 4% e 17.28%, mesmo assim escalonados, o que só garantirá ao professor de nível 1 perceber o salário mínimo como salário base (sem gratificação da regência de classe), apenas em novembro de 2007.
- E isso os professores não aceitaram. E isso os professores repudiaram como fizeram na última terça-feira, 19, pela manhã, em mais uma assembléia, porque a Secretaria de Educação, o governo do Estado, não aceita mudar sua proposta, está insensível diante de uma categoria profissional tão importante e que é a base de tudo.
Medrado comentou ainda que, com essa proposta que o governo apresentou e já votou na Assembléia Legislativa, depois de discuti-la numa Mesa Permanente de Negociação, quem percebe menos e essa é uma parcela do professorado ficaria com 17.28% beneficiando aqueles professores do níveis 1 e 2, aqueles que não dispõem de cursos de pós-graduação, aqueles que ainda não têm licenciatura plena, e os de níveis 3 e 4, graduados, alguns com mestrado, perceberiam um valor de reajuste menor (4.5%) o que provocaria um achatamento dos níveis, além de ferir o Estatuto do Magistério. É esse o grande problema.
- E o que fez o governo do PT, o governo do sindicalista Jaques Wagner? - perguntou Medrado para depois responder: "Em vez de negociar com os professores, em vez de dialogar com essa nobre categoria, entrou com Ação Civil Pública na Justiça, ganhou a causa e o Tribunal de Justiça condenou o Sindicato da categoria dos professores a pagar uma multa diária de R$20 mil e obrigou a que retornassem às salas de aula. O Sindicato além de recorrer na Justiça, com um Agravo de Instrumento, se sentiu ofendido, assim como se sentiram traídos os professores pelo governador Wagner" - finalizou.