Política

DEPUTADO CONDENA EM BRASÍLIA INSENSIBILIDADE DO GOVERNO C/ PROFESSORES

O deputado Marcos Medrado fez pronunciamento no plenário da Câmara dos Deputados, em BSB
| 20/06/2007 às 17:53
    Falando nesta tarde de quarta-feira, 20, na tribuna da Câmara dos Deputados, em Brasília, o deputado federal Marcos Medrado condenou a insensibilidade do governo da Bahia com os professores em greve e disse que está preocupado com as famílias, aquelas que têm filhos estudando na rede de escolas públicas de segundo grau, jovens na faixa de 12 a 16 anos, e que se encontram sem aulas desde o dia 8 de maio último.
 
   "Estão cerca de 1.5 milhão de alunos sem aulas, sem trabalhos escolares, sem assistência educacional, sem deveres de casa e isso é muito preocupante, sobretudo porque esses filhos de famílias que estão nas escolas públicas são os mais carentes, são os mais desprotegidos da sociedade, e, portanto, pagam um preço muito alto quando a área mais importante de suas vidas, a educação, não funciona! - comentou.


   Medrado destacou que governo Jaques Wagner, que é um governo do PT, que é um governo comandado por um ex-sindicalista, está em confronto com a categoria dos professores e só aceita dar um reajuste variável entre 4% e 17.28%, mesmo assim escalonados, o que só garantirá ao professor de nível 1 perceber o salário mínimo como salário base (sem gratificação da regência de classe), apenas em novembro de 2007.


    GOVERNO INSENSÍVEL

   - E isso os professores não aceitaram. E isso os professores repudiaram como fizeram na última terça-feira, 19, pela manhã, em mais uma assembléia, porque a Secretaria de Educação, o governo do Estado, não aceita mudar sua proposta, está insensível diante de uma categoria profissional tão importante e que é a base de tudo.


    Medrado comentou ainda que, com essa proposta que o governo apresentou e já votou na Assembléia Legislativa, depois de discuti-la numa Mesa Permanente de Negociação, quem percebe menos e essa é uma parcela do professorado ficaria com 17.28% beneficiando aqueles professores do níveis 1 e 2, aqueles que não dispõem de cursos de pós-graduação, aqueles que ainda não têm licenciatura plena, e os de níveis 3 e 4, graduados, alguns com mestrado, perceberiam um valor de reajuste menor (4.5%) o que provocaria um achatamento dos níveis, além de ferir o Estatuto do Magistério. É esse o grande problema.


   - E o que fez o governo do PT, o governo do sindicalista Jaques Wagner? - perguntou Medrado para depois responder: "Em vez de negociar com os professores, em vez de dialogar com essa nobre categoria, entrou com Ação Civil Pública na Justiça, ganhou a causa e o Tribunal de Justiça condenou o Sindicato da categoria dos professores a pagar uma multa diária de R$20 mil e obrigou a que retornassem às salas de aula. O Sindicato além de recorrer na Justiça, com um Agravo de Instrumento, se sentiu ofendido, assim como se sentiram traídos os professores pelo governador Wagner" - finalizou.