Política

CONSELHO DE ÉTICA ADIOU DECISÃO SOBRE RENAN E MAIS UM RELATOR RENUNCIA

A situação do senador Renan Calheiros só se complica
| 20/06/2007 às 22:36
Presidente do Conselho, senador Sibá, covocou uma nova reunião para decidor (F/G)
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  Mais uma vez o Conselho de Ética do Senado adiou a votação sobre a quebra de decoro do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB). Uma nova reunião está marcada para esta quinta-feira, 21, e o relator substituto senador Welington Salgado (PMDB/MG), também renunciou à função.

  Calheiros está sendo acusado de quebra de decoro parlamentar. De acordo com denúncias, Calheiros teria despesas pessoais - inclusive a pensão para a filha que tem com a jornalista Mônica Veloso - pagas por um lobista da construtora Mendes Júnior.

"É uma honra pertencer a esse Conselho, mas desisto de ser relator, não sinto nesse conselho a vontade julgar alguém pela questão da quebra de decoro e da ética, disse Salgado.
 

  A proposta do depoimento de Calheiros surgiu do próprio presidente da casa, que ligou para o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), para dizer que estaria disposto a dar explicações.


   "Ele me ligou e pediu para vir amanhã à tarde ao Conselho de Ética para dar os esclarecimentos necessários", disse Jucá.


   Mesmo com a disposição de Calheiros, os parlamentares da oposição não se mostraram satisfeitos.


   "Peço que a vinda aconteça após o fim da perícia da Polícia Federal, após fazermos todas as investigações. Que ele não venha aqui na condição de presidente do Senado, mas que ele venha aqui no caráter de presidente licenciado", disse o líder do Psol, José Nery (AC).


   Já os líderes da base elogiaram a atitude do presidente. Para a líder do PT, Ideli Salvatti (SC), Calheiros está sempre disposto a esclarecer "qualquer dúvida que surja".

Esse é o segundo adiamento da reunião marcada para votar a representação apresentada pelo Psol. A primeira aconteceu na sexta-feira da semana passada, quando os parlamentares também pediram mais tempo para as investigações.


   Daquela vez,os senadores alegaram que tinham recebido a perícia dos documentos de defesa de Calheiros apenas na noite de ontem e que, portanto, não haviam tido tempo de fazer a análise.