A cidade do Salvador tem uma máquina de moer lideranças. Valdenor que se cuide.
O presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Valdenor Cardoso, está na berlinda.
Crescem as queixas entre seus colegas da Casa da Cidadania dando conta de que a postura do presidente não vem sendo compatível com os anseios da sociedade, nem com a tradição da Câmara.
Há de se dizer que Valdenor esteja sendo mais realista do que o rei.
Ou seja, adota uma postura de apoio ao prefeito João Henrique (PDT) quando, na função de chefe de um Poder, o Legislativo, deveria ser imparcial e se colocar ao lado dos cidadãos.
Recentemente, na interminável querela sobre colocar ou não o requerimento da Comissão Especial de Investigação (CEI) na pauta da votação e as apontadas manobras que fez para impedir que isso acontecesse, com resultado transparente na votação, Valdenor queimou ainda mais a imagem da Casa.
Tudo tem um preço. Se hoje, dispõe de cargo e poder constitucional e pode parecer imune a críticas e cobranças, amanhã será analisado sob o olhar da história.
Daí que ainda há tempo de rever a sua postura para que não pague, adiante, um ônus muito alto em sua trajetória como representante da cidade do Salvador.
Esta cidade tem tradição de moer líderanças em sua máquina do tempo.
Melhor, portanto, preservar a imagem da quadricentenária Casa da Cidadania enquanto é tempo. E, de quebra, a sua prória imagem e semelhança.