A sessão extraordinária convocada pelo presidente da Assembléia Marcelo Nilo (PSDB) que começou a partir das 18h06min da última terça-feira, 12, e que se prolongou quase até às 23h, não conseguiu votar o reajuste salarial do governador Jaques Wagner, do vice-governador, Edmundo Pereira, e dos secretários estaduais.

   A bancada do governo não conseguiu quorum suficiente, ainda tentou um acordo com a oposição e nada feito. É provável que, nesta quarta-feira, 13, o assunto volte à pauta com mais disposição dos governistas, uma vez que os números do painel eletrônico não passam de 20, 23 deputados todas as vezes que se contavam.

   Segundo comentários de bastidores estaria havendo uma rebeldia por parte da bancada, dos deputados de outros partidos que não o PT, dando conta de que não estão tendo nada do governo (tudo só para o PT) daí que não se mostram dispostos a colaborarem na hora das votações.

   Alegam esses mesmos parlamentares que o líder do governo, Waldenor Pereira (PT) sempre chega tarde às sessões, quase sempre passa o comando para o deputado Álvaro Gomes (PCdoB) e não há uma coordenação mais efetiva.

   Ademais, com os deputados do PT não citam em seus pronunciamentos os feitos do ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) na Bahia, os deputados deste partido na AL se sentem à vontade para votar (ou não) as matérias do governo.

  Essa questão do aumento para o governador e os secretários independente de qualquer coisa representa um direito constitucional e dele dependem outras categorias no Estado. Daí que, é matéria imprescindível.

  AUMENTO DOS DEPUTADOS

  O presidente da AL, deputado Marcelo Nilo (PSDB) certamente está esperando passar essa votação para colocar em pauta o aumento (28%) dos deputados estaduais.

  Ao que tudo indica, a disposição do presidente é de colocar a matéria em plenário, como fez Arlindo Chinaglia, em Brasília, na Câmara Federal.

   Trata-se, obviamente, de uma questão de time (pode ser esta semana ou na outra) uma vez que o Senado já votou e aprovou o aumento dos parlamentares em BSB e nas ALs são concedidos reajustes com efeito cascata.