Política

VEREADOR PROTESTA CONTRA AUMENTO DO PLANO DE SAÚDE EM 5.7%

Vereador diz que a classe média está sendo penalizada
| 12/06/2007 às 16:45
   O vereador Paulo Câmara (PSDB) disse nesta terça-feira, 12, na tribuna da Câmara de Vereadores de Salvador que o impacto no reajuste de 5.7% nos planos de saúde vai sufocar ainda mais a classe média, deixando-a completamente desprotegida nesse item fundamental para qualquer família.

   Segundo o vereador a inflação avaliada pelo IPCA foi de 3.18%, a maioria das famílias não conseguiu reajuste acima desse patamar, enquanto os planos conseguiram 5.7%.

   Levantamento feito pelo vereador mostra que uma família que tenha dois filhos com pais na faixa entre 60 e 65 anos e filhos entre 28 a 35 anos, o custo médio de um plano familiar dessa natureza gira em torno de R$1.600,00 a R$1.700,00 e com um reajuste dessa natureza os acréscimos variam entre R$96, e R$110,00.

   - Trata-se, destaca o vereador, de um peso muito grande para um só item, uma vez que uma família que tenha renda familiar entre R$4 e R$5 mil, para um reajuste anual de 3.18% só acresce no seu ganho familiar entre R$125,00 e R$155,00.

    ACABAR COM CLASSE MÉDIA

    Além disso, comentou o vereador em seu pronunciamento, existem outros itens das despesas familias - alimentação, educação, lazer, etc - e a tendência, da forma como as coisas estão se processando no Brasil é de acabar com a classe média.

    O vereador mostrou ainda os ganhos e o faturamento dos planos de saúde, hoje, no Brasil, algo em torno 38 bilhões de reais com reajustes de 86% entre 2000 e 2006. Um grande negócio que não para de crescer e que, além dos reajustes lineares anuais, como aconteceu agora (5.6%) tem os reajustes automáticos para faixas de idade, que chegam, às vezes a 500%.

    - Quando uma pessoa passa dos 60 anos, normalmente, a taxação se o plano for antigo é de mais de 500% - uma exploração inadmissível, diz o vereador.  

     Ademais, protesta o vereador, no Brasil ninguém de bom senso pode se fiar no SUS, pois, está arriscado a morrer na porta dos hospitais como tem ocorrido ultimamente em várias capitais brasileiras.