A Executiva Municipal do PT faz nesta segunda-feira, 11, à noite, uma das suas reuniões mais complicadas quando decidirá se o partido continuará na base aliada e na administração do prefeito João Henrique ou não.

   Nas últimas horas, diante das evidências de que o PT estará fora do governo municipal, entregando-lhe as duas secretarias que dispõe (Saúde e Reparação) houve uma contra-ofensiva por parte do PSB e do PC do B, aliados da base política do prefeito e da administração, advertindo que o PT é de maior, tem responsabilidade, deve ouvir as partes para tomar uma decisão dessa natureza, mas, se o fizer, se distanciar-se do governo municipal vai sozinho.

   Ou seja, não terá o apoio do PSB nem do PC do B que se manterão no governo e com ele seguirão até o fim ou pelo menos até que chegue mais perto das eleições.
A deputada Lídice da Mata (PSB) deixou claro que o PT não pode se posicionar como uma espécie de dono da verdade "como se fosse o único partido de esquerda a fazer parte da aliança municipal e estadual".

   No momento em que Lídice põe em sua declaração a aliança não só municipal, mas também a estadual quer, com isso mandar um recado para o governo como um todo, englobando, portanto a aliança com o governador Wagner, e fazendo uma advertência velada ao deputado Nelson Pelegrino que é o condutor da idéia do rompimento no plano municipal.

   A vereadora Olívia Santana (PCdoB) que também está de olho na sucessão como provável candidata do seu partido vai na mesma linha e até mais direta: o PT sai sozinho.

   As declarações de Lídice e Olívia, por outro lado, podem levar o PT a tomar uma posição até mais radical na medida em que entenda que tais observações são uma ingerência no seu terreiro e ambas são candidatas a candidata a prefeita. E, portanto, devem cuidar dos seus partidos e candidaturas.

   Enquanto isso, o prefeito se finge de morto e aguarda a decisão do PT para filiar-se ao PMDB.