Direito

COMERCIANTE VENDIA BOTIJÕES DE FORMA ILEGAL COM AJUDA DA BRASILGÁS

Veja
| 14/08/2008 às 16:03
  A comerciante Josi Cintra Gonzalez e os funcionários da Empresa Bahiana Distribuidora de Gás Ltda. (Brasilgás), Luis Roberto Ferreira (gerente) e Solange Lourenço Costa (supervisora), foram denunciados à Justiça após o promotor de Justiça Carlos Augusto Faria constatar a participação deles em um esquema de venda irregular de gás de cozinha.

  Segundo o promotor, os três foram identificados a partir de ação de fiscalização da Agência Nacional de Petróleo (ANP), que detectou o fornecimento pela Brasilgás de botijões de gás liqüefeito de petróleo (GLP) ao depósito de gás de propriedade de Josi, que funcionava irregularmente na Boca do Rio.


  A empresa revendedora, destaca Carlos Faria, estava funcionando sem o devido registro junto à ANP. Por isso, durante a fiscalização, a empresa e a Brasilgás foram autuadas, sendo a revendedora interditada.
 
  Ele acrescenta que, nos autos do inquérito policial oriundos da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública, fica claro que Luis Roberto e Solange Costa sabiam do descredenciamento da empresa de Josi, mas continuaram fornecendo o GLP a ela irregularmente. O promotor explica que Josi cometeu infração na medida em que adquiriu, comercializou e armazenou ilegalmente o GLP, e os funcionários da Brasilgás cometeram-na porque distribuíram e autorizaram a entrega dos botijões a revendedor irregular.


  TUDO ILEGAL

  Na denúncia, há a informação de que Luis Roberto teria declarado que na Brasilgás é feito um cadastro prévio das empresas revendedoras, que, além de preencherem todas as exigências legais, devem ter a autorização da ANP para a comercialização do gás de cozinha. Entretanto, lembra Carlos Faria, o gerente confessou que, apesar do controle, a Brasilgás estava distribuindo o GLP a algumas empresas que não eram autorizadas.

 Conforme o promotor, a empresária Josi também lembrou que a própria Brasilgás se comprometeu em proceder à regularização de suas revendedoras, e, por isso, ela pensava que sua empresa estava regularizada. Ainda segundo Faria, a comerciante alegou que só tomou ciência da necessidade de autorização junto à ANP em reunião realizada com prepostos da Brasilgás e seus revendedores, mas, só após a autuação, ela soube que a autorização não havia sido concedida em razão de irregularidade documental. Na denúncia há a informação de que Josi afirmou que "a Brasilgás sempre forneceu GLP sem nunca exigir documentação pertinente junto à ANP".