Cultura

MORRE A JORNALISTA ANA CALAZANS A DOCE MENINA DA OSID SANTA DULCE

Jornalista era extremamente admirada pela categoria
Tasso Franco , da reda��o em Salvador | 28/11/2021 às 20:39
Ana Calazans tinha algo, também, de anjo bom
Foto: REP

    Faleceu neste domingo uma das jornalistas mais queridas de Salvador, a alagoana Ana Guiomar Nobre Teixera (Ana Calazans), que atuava na OSID. Conhecia-a de longas datas desde a época em que atuou no jornalismo político, sempre serena, doce, parecia flutuar. Creio que lhe passei alguns ensinamentos e ela a mim, a nós todos, a humildade, a sinceridade, um riso que era enigmático, uma espécie de magia que intercalava com olhares dinivos.

Hoje, partiu para outra esfera espiritual quando ainda tinha muito a nos oferecer. Mas, a vida é como diz a psicóloga Clarissa Pinkola Estés, em "Mulheres que Correm com os Lobos", com vidas-mortes-vidas, e Ana deixa-nos perplexos e saudosos com sua ausência nesse planeta que chamamos de Terra.

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  Em 12 de setembro postou uma foto do filho e o texto: "Meu bisavô Jeremias Porciúncula Nobre, que está te observando da parede,  vela por mim e por Ian Nunes. Meu filho herdou o nariz e a boca dele, e esse jeito de sefardita que a genética judaica respingou em alguns membros da família, inclusive em mim. Aliás, é herança sefardita por todo lado no meu ramo familiar: Nobre, Calheiros, Albuquerque, Cavalcanti, Teixeira...E têm gitano também, os Tenório, vindos de Sacromonte em Granada".

  Em 12 de agosto de 2012 posto: "Salve Irmã Dulce dos Pobres, a que não tinha preconceito, não tinha nojo, do sujo, do pobre, do diferente. A que não distinguia beleza ou feiúra, sobrenome ou falta dele, folha corrida ou comenda. A que não se interessava pela preferência sexual, política ou religiosa do ser que estava na sua frente. Salve aquela que quis homenagear Jesus atravessando o corpo dos homens desvalidos e vendo o que não é jamais maculado, sua alma que compartilha com o divino. Hoje é Dia da Bem-aventurada Dulce dos Pobres".

  POSTAGNE DE AMIGAS E JORNALISTAS NO FACEBOOK E TWITTER

Nesta época do ano, as assessorias de imprensa costumam mandar vários brindes pra editores e repórteres. Sim. Só pra editores e repórteres. O resto, revisores, diagramadores... - essa fauna em extinção nas redações - ficava só de olho comprido pras quinquilharias dos colegas.

  A única coisa que essa galera discriminada sabia que ia receber com certeza era o panetone de Irmã Dulce. Durante os anos que Ana Calazans foi a assessora das Obras Sociais Irmã Dulce, todo mundo sabia que o seu nome estaria em uma daquelas caixinhas.

 Sempre lembro disso.

  Mas hoje, neste domingo que na tradição cristã começam os preparativos pro Natal, recebemos a notícia da morte dessa jornalista generosa, dessa pessoa tão querida.

   Ana Calazans é uma das mulheres mais bonitas que conheci. Também fisicamente. Parecia uma daquelas divas do cinema de antigamente. Mas tinha um encantamento que ia muito além. 

   Muita luz no teu caminho, Aninha! (Socorro Araújo)

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Devastadora para mim e para muitos amigos e colegas de profissão a partida prematura da queridíssima jornalista Ana Calazans. Sofisticada, cultíssima, elegante, "low profile" e linda por dentro e por fora. Siga em paz, Ana queridíssima, que aqui ficamos nós todos sentindo saudades do seu papo inteligente, de sua percepção aguçada, do seu humanismo. Beijo enorme, até um dia. Muita força para seu filho Ian, marido e demais familiares.(Rosane Santana)

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Era um doce de menina! Delicada, voz baixa, sotaque alagoano lindo. Profissional, amorosa, generosa.. Além do prazer de ter sido sua colega na Facom,UFBa, tive a alegria de ser sua vizinha no lindo condomínio Verdes Mares, no Nordeste de Amaralina, quando estreitamos ainda mais nossa amizade e minha admiração por ela. Linda, por dentro e por fora. Tinha um frescor a sua presença, sempre leve e carinhosa. Saudades, Aninha querida, que vc siga na luz que sempre cultivou aqui nesta existência. Seguimos mais tristes sem a sua presença, sem a sua sensibilidade pulsante. (Hilda Guanaes Fausto)

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Profunda tristeza com a notícia da partida da amiga e colega muito querida Ana Calazans. Não encontro palavras. Doce menina.(Olivia Soares)

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Meu Deus, Olívia! Quando sairmos desse pântano obscuro, sabe Deus quantas pessoas nos daremos conta de ter perdido, seja ou não por covid, outras doenças ou outros percalços dessa vida. Esse tempo de incerteza nos mantém afastados e sem saber o que se passa com o outro! Muito tristes esses sustos e essas ausências impostas! Que ela fique com Deus!(Cely Barbosa)