O menino de dois anos e sete meses, que foi internado com cerca de 30 agulhas dentro do corpo no dia 13 dezembro, ainda deve permanecer na Unidade de Terapia intensiva (UTI) pediátrica até a realização de novos exames a serem realizados a partir desta segunda-feira, 28, pela manhã. A informação foi confirmada pela Coordenadora Médica do Serviço de Cardiopediatria (SC) do Hospital Ana Neri (HAN), Isabel Guimarães.
De acordo com a médica, a medida é na tentativa de limitar a aproximação de curiosos, o que poderia prejudicar a recuperação do garoto. “Lá, ele está mais tranquilo. Na próxima semana, após exames, ele deve subir para a enfermaria. A criança deve ficar em um quarto somente na companhia da mãe”, anunciou a médica.
O garoto encontra-se no oitavo pós-operatório da cirurgia cardíaca e terceiro da operação abdominal para a retirada de 18 agulhas, quatro delas no coração e pulmão, e outras 14 no intestino delgado e bexiga. O quadro dele é considerado estável.
Apresentando oxigenação adequada, ele não tem febre e tem bons sinais vitais. “A infecção, apresentada pouco antes da primeira cirurgia, provocada pelas agulhas do coração e pulmão, está controlada”, comemorou Isabel.
Brincadeiras - De acordo com a coordenadora do Serviço de Cardiopediatria, o menino já caminha, brinca e se alimenta via oral. “Ele está sendo acompanhado por psicólogas, assistentes sociais e outros profissionais. Nossa proposta é oferecer uma abordagem lúdica ao seu tratamento”, esclareceu. Segundo o diretor médico da unidade, Roque Aras, é preciso ter cuidados porque a operação foi a segunda, em menos de cinco dias. “Na próxima semana, duas equipes médicas nossas vão se reunir para discutir o quadro clínico dele”, garantiu.
O terceiro procedimento operatório ao qual o garoto será submetido será para retirada de cinco objetos metálicos alojados na coluna, pescoço e região da subclavícula. "Esta deve ser a cirurgia mais simples das três. Uma das agulhas está próxima à coluna e a outra encontra-se no canal medular", revelou. Elas não afetaram os movimentos do garoto, mas ainda há risco de lesões, de acordo com o diretor do Ana Nery.