Política

DEPUTADA FABÍOLA APRESENTA MOÇÃO PESAR POR DIOLINNO CHECCUCCI NA ALBA

A Bahia está silenciosa e triste com a notícia da partida de Deolindo Checcucci, diretor, dramaturgo e professor, um dos nomes mais importantes da nossa cena cultura, diz deputada Fabíola Mansur
Tasso Franco , da redação em Salvador | 06/08/2025 às 12:09
Fabíola Mansur e Diolino Checcucci
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   “A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) se une à comunidade artística em luto pela perda de Deolindo Checcucci, um dos maiores nomes do teatro baiano, que nos deixou, aos 76 anos, na madrugada do último dia 4, em Salvador”, externou assim a deputada Fabíola Mansur (PSB) em moção de pesar, apresentada no Legislativo baiano, para homenagear o legado do diretor, dramaturgo e professor baiano.

A socialista anotou que, natural de Jequié, “Deolindo trilhou um caminho que o levou de sua terra natal a Feira de Santana, Salvador e, por fim, a ser reconhecido no Brasil e no mundo”. Formado pela Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (ETUFBA), dedicou grande parte de sua vida à instituição, onde foi, entre as décadas de 1980 e 2000 chefe de departamento, coordenador de colegiado e diretor da Escola, “formando gerações de artistas e diretores que hoje perpetuam sua arte”, destacou Mansur.

Com mestrado em Direção Teatral pela University of Kansas, nos Estados Unidos, Deolindo foi responsável por montagens inesquecíveis, dirigindo textos de renomados autores como Eugène Ionesco, Maria Clara Machado, Fernando Pessoa, Haydil Linhares e Cleise Mendes. “Deolindo Checcucci foi um incansável na consolidação do teatro da Bahia, dedicando mais de 50 anos de sua vida a essa missão”, lembrou a parlamentar, acrescentando que suas obras, que também incluíam textos autorais, eram marcadas por temas urbanos e sociais, explorando a relação entre o indivíduo e a coletividade.

Entre seus trabalhos mais notáveis, a deputada destacou Bocas do Inferno (1979), obra inspirada em Gregório de Mattos; Na Selva da Cidade (1996), uma adaptação do texto de Bertolt Brecht; e O Voo da Asa Branca (2000), uma aclamada homenagem a Luiz Gonzaga. Ela citou ainda sua atuação no cinema, em 1972, como co-diretor do filme “Akpalô”, ao lado de José Frazão, “que teve a ilustre atuação de Antonia Velloso, uma das maiores atrizes de teatro de Feira de Santana”.

“A Bahia está silenciosa e triste com a notícia da partida de Deolindo Checcucci, diretor, dramaturgo e professor, um dos nomes mais importantes da nossa cena cultural. Um dos grandes criadores do teatro baiano e brasileiro. Um mestre no sentido mais profundo da palavra. Dirigia, escrevia, ensinava e, acima de tudo, chegava perto das pessoas. Formou gerações com seu imenso talento e amor a arte”, lamentou Fabíola Mansur.