Os manifestantes cobram melhorias das condições de trabalho no segmento da construção civil. Em imagens que circulam nas redes sociais é possível ver que dezenas de funcionários se reuniram em frente da BYD
Tasso Franco , da redação em Salvador |
02/12/2025 às 17:04
Deputado Alan Sanches: "Médicos estão com salário atrasado"
Foto:
MIUDINHAS GLOBAIS:
1. O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), fez um duro pronunciamento sobre as denúncias de que o governo do Estado tem atrasado o pagamento de salários médicos e profissionais de saúde de pelo menos quatro unidades estaduais: o Hospital Regional de Juazeiro, o Hospital Regional de Irecê, o Hospital Regional de Porto Seguro e a UPA do Cabula, em Salvador, administrada diretamente pela gestão estadual.
2. “Como pode um governo que já pediu R$ 26 bilhões em empréstimos não pagar os profissionais médicos de saúde? Isso é um absurdo. É por isso que todos os dias, pelo menos 1.200 pacientes estão na tela da regulação esperando por atendimento. É um absurdo o que está acontecendo na Bahia”, disse Sanches durante a sessão desta segunda-feira (1º), quando o governo conseguiu aprovar mais um empréstimo de R$ 2 bilhões, após oito horas de obstrução da bancada de oposição.
3. “Os médicos obstetras do Hospital de Porto Seguro pediram demissão coletiva por falta do pagamento. Os médicos do Hospital da Mulher receberam metade do salário de agosto e não receberam o pagamento de outubro. Profissionais da saúde da UPA Cabula, que é gestão do Estado, também estão sem receber salários, assim como os trabalhadores do Hospital de Juazeiro”, relatou.
4. O deputado Alan Sanches, que também é médico, destacou a situação crítica que ocorre em Porto Seguro, onde a prefeitura precisou aprovar um projeto de lei na Câmara Municipal para ceder insumos ao Hospital Regional, que é do Estado, a fim de evitar a interrupção de serviços básicos.
5. “Com essa crise instalada, como podemos achar que a famigerada fila da regulação vai acabar? Não é possível que o Estado abra hospitais e não consiga pagar o salário dos profissionais da saúde. Isso tudo leva a uma bola de neve que só tende a crescer”, frisou o deputado.
6. Em Itabuna, há denúncias sobre a falta de pagamentos à empresa que fornece materiais ao Hospital de Base, que está há mais de 860 dias sem receber.
7. “Por outro lado, o governador continua viajando todos os dias e fazendo centenas de promessas, assinando ordens de serviço de obras que não saem do papel. Depois de 20 anos de PT, esse é o legado que deixam para a Bahia”, completou Alan Sanches.
***
8. (CORREIO) Trabalhadores da construção civil que prestam serviço na obra da BYD em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, realizaram um protesto em frente à fábrica na manhã desta terça-feira (2). O acesso à montadora foi parcialmente afetado, o que provocou congestionamento na BA-530, via que dá acesso ao Polo Industrial.
9. Os manifestantes cobram melhorias das condições de trabalho no segmento da construção civil. Em imagens que circulam nas redes sociais é possível ver que dezenas de funcionários se reuniram em frente à fábrica. A reportagem apurou que o funcionamento da fábrica não foi impactado pelo protesto. A BYD ainda não se pronunciou oficialmente sobre a manifestação.
10. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, afirma que a manifestação não contou com a participação da entidade. A BYD inaugurou oficialmente o seu complexo fabril em Camaçari, com um investimento de R$ 5,5 bilhões, em outubro deste ano.
11. A montadora chinesa confirmou os planos de elevar a produção local de 150 mil para 300 mil carros por ano na segunda fase do projeto e anunciou que, numa nova etapa de investimentos, deverá chegar aos 600 mil carros/ano.
12. No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado nesta quarta-feira (03), Salvador reforça seu compromisso com uma saúde pública inclusiva. A capital baiana se destaca ao oferecer, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e da S3 Gestão em Saúde, o Serviço de Psicoterapia Bilíngue em Libras, voltado a pessoas surdas com suspeita ou diagnóstico de transtornos mentais leves. Trata-se de uma política pública que elimina barreiras históricas: para milhares de pessoas surdas, acessar a saúde mental ainda significa enfrentar obstáculos que começam pela comunicação básica.
13. Implantado no Multicentro de Saúde Liberdade, o serviço integra a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência e oferece acompanhamento psicológico diretamente em Libras, sem necessidade de intérprete, garantindo comunicação plena e vínculo terapêutico real.
14. A iniciativa já beneficiou mais de mil pessoas e representa um avanço significativo no cuidado em saúde mental na cidade. O impacto desse atendimento é percebido na rotina das famílias. Janete Santos, mãe da jovem Mayana, atendida há um ano, descreve o efeito transformador da iniciativa.
15. “Saber que minha filha é atendida em Libras e compreendida de verdade transforma tudo. Agora ela consegue a assistência que sempre precisou, com respeito e acolhimento. Como mãe, fico profundamente grata por esse compromisso com a inclusão”, comemorou.
16. Para a gerente administrativa da unidade da S3 Gestão em Saúde, que administra o Multicentro, Elaine Montalvão, o serviço simboliza uma mudança no paradigma do cuidado. “Quando garantimos o atendimento em Libras, mostramos que a pessoa surda não precisa se adaptar ao sistema. É o sistema que se adapta a ela. Isso é inclusão real, é cuidado e é política pública efetiva”, afirmou.
17. Cuidado integral – A Organização Mundial da Saúde estima que pessoas com deficiência têm maior risco de sofrimento psíquico devido ao isolamento, à estigmatização e à dificuldade de acesso a serviços adequados. No caso da população surda, a falta de acessibilidade linguística é uma das barreiras mais severas.
18. A Língua Brasileira de Sinais (Libras), reconhecida por lei como meio oficial de comunicação no Brasil, atua não somente como ferramenta linguística, mas também como expressão cultural e identitária da comunidade surda.
19. Responsável pelo serviço, a psicóloga Ana Paula Piedade reforça que garantir atendimento psicológico diretamente nessa língua significa respeitar a singularidade de cada paciente e assegurar o direito ao cuidado integral.
20. “A saúde mental é um direito fundamental que só se concretiza quando chega a quem mais precisa, na linguagem em que a pessoa existe e se reconhece. A terapia em Libras permite que a pessoa surda se expresse integralmente, com suas emoções e vivências. Isso fortalece o vínculo terapêutico e torna o cuidado mais efetivo e humano”, explicou.
21. O atendimento no Serviço de Psicoterapia Bilíngue em Libras ocorre mediante triagem prévia, que deve ser solicitada na Associação Educacional Sons no Silêncio (Aesos), na Rua Alberto Fiúsa, 502 – Imbuí, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h; ou no Centro Docente-Assistencial de Fonoaudiologia (Av. Reitor Miguel Calmon – Canela), às quartas-feiras, pela manhã. Para a triagem, é necessária a apresentação de RG e Cartão SUS.
22. Após essa etapa, o usuário é encaminhado, com dia e horário marcados, para acompanhamento psicológico no Multicentro de Saúde Liberdade (Rua Lima e Silva, 240 – Liberdade).