Política

Assassinato de Marielle Franco ainda repercute na Câmara de Salvador

Vereadores vertiram camisas com o slogan "Não nos calarão! Marielle presente!"
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 19/03/2018 às 19:18
Vereadores protestam contra a morte de Marielle
Foto: LB

O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) continuou em pauta na tarde desta segunda-feira, 19, na Câmara de Salvador. Vários vereadores vestiram camisetas pretas, produzidas pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, com o slogan “Não nos calarão! Marielle presente”. A seguir, uma série de pronunciamentos, condenando o crime e pedindo punição para os responsáveis.

Foram aprovadas duas moções, uma de pesar pela morte da edil, de autoria do presidente Leo Prates (DEM), e outra de repúdio pela “execução”, apresentada pelo também psolista Hilton Coelho, além de requerimento para realização de sessão especial, na manhã desta quarta-feira, 21, proposta pela presidente do colegiado da Mulher, Aladilce Souza (PCdoB).

O objetivo da sessão, segundo ela, será “um chamamento pela paz”, referindo-se à onda de ódio disseminada pelas redes sociais visando desqualificar Marielle: “A voz de Marielle não se calará, porque ela continuará em todos nós”.

Emocionado, Hilton demonstrou indignação pelo atentado, que abalou a sociedade brasileira e teve repercussão mundial: “Estamos todos estarrecidos. Quiseram apagar essa referência da juventude negra, das mulheres, dos favelados, do segmento LGBT. E esta Casa precisa se manifestar”.

Prates fez questão de se solidarizar com a família da vereadora e do motorista assassinados, defendendo que “numa democracia não se resolve as coisas na bala”. Ao contrário de silêncio, a verde Marcelle Moraes pediu palmas para Marielle. “Eu não preciso ser negra, lésbica, nem favelada para me sentir representada por Marielle”, declarou.

Pronunciaram-se na sessão cobrando a apuração rigorosa do crime também os edis Suíca (PT), Cézar Leite (PSDB), Sílvio Humberto (PSB) e Rogéria Santos (PRB). Vestiram a camiseta da campanha Marta Rodrigues (PT) e Ireuda Silva (PRB) e Hélio Ferreira (PCdoB).