O fechamento de duas unidades do projeto Pontos de Cidadania foi o tema da reunião da Comissão Especial de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Câmara de Salvador nesta quarta-feira, 14.
O programa, instalado em dois contêineres na Praça Marechal Deodoro da Fonseca, no Comércio, e na comunidade do Pela Porco, nas Sete Portas, prestava assistência a usuários de drogas e familiares, incluindo jovens e crianças, mas foi fechado pelo Governo do Estado no dia 23 de maio passado.
De acordo com o presidente do colegiado, vereador Hilton Coelho (PSOL) “essas pessoas passam por uma situação de invisibilidade perante os poderes públicos e a sociedade. Esta desassistência é uma situação grave e pode suscitar audiência públicas sobre o tema e a participação do Ministério Público”. As edis Lorena Brandão (PSC) e Rogéria Santos (PRB) também participaram da reunião.
Segundo Natália Machado Gonçalves, ex-coordenadora do posto do Comércio, “dentre o público atendido havia crianças e adolescentes entre 3 e 15 anos. A nossa política com relação aos usuários de drogas era baseada na redução de danos. Funcionávamos como uma ponte entre estas pessoas em situação de vulnerabilidade e serviços públicos diversos, como na área da saúde, por exemplo”.
Os contêineres contavam com banheiros e chuveiros e uma enfermeira atendia o público-alvo. A ação social era realizada através de uma parceria entre a Secretaria Estadual de Justiça,Direitos Humanos e Desenvolvimento Social; o Centro de Estudos e Terapia de Abuso de Drogas (Cetad) e o Instituto Comvida.
Também integrante do grupo na CMS Sílvio Humberto (PSB) propôs a criação de uma frente de vereadores e deputados estaduais para debater este tema. “Nossa intenção seria marcar uma audiência sobre esta questão com o secretário de Justiça, Carlos Martins”, afirmou.