Política

VEREADORES propõem mirante no Corredor da Vitória e reuso de água

Legisladores cobram também fiscalização para lei de cardápios em braile e medidas contra o fechamento do Espaço Glauber
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 23/07/2015 às 23:37
Em breve as propostas serão apreciadas em plenário
Foto: Valdemiro Lopes

Criação de um mirante para a Baía de Todos os Santos no Corredor e reutilização obrigatória da água usada para lavar veículos são os objetivos de projetos apresentados pelos vereadores Gilmar Santiago (PT) e J. Carlos Filho (sem partido) na Câmara de Salvador.

O petista está sugerindo à prefeitura a transformação em belvedere de uma área pública na Rua Aloísio de Carvalho. Segundo ele o terreno, ao lado do edifício Vitória Maris, em construção, “é uma das últimas vistas para a Baía e não pode ser privatizada”.

O oposicionista anunciou ainda que a Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente da CMS fará uma nova visita ao local onde está sendo erguido o empreendimento La Vue, na Ladeira da Barra. “Vamos convidar a Sucom, o IPHAN e o IPAC para participar da visita. Também promoveremos uma audiência pública com representantes de grupos ambientalistas e de associações de moradores da Barra”, antecipou.

O reuso da água usada na lavagem de veículos é defendida por J. Carlos Filho como preocupação de toda a população: “A economia de água proporcionada faz com que se contribua significativamente com a sua preservação, poupando-a para usos mais nobres como a higiene e o consumo humano e animal”.

Cardápios em braile

Duda Sanches (PSD) cobrou do Conselho de Defesa do Consumidor (Codecon) o cumprimento da lei municipal de 1995 que torna obrigatório a existência de cardápios em braile nos bares e restaurantes da capital baiana. Ele havia tentado apresentar projeto tratando do tema, mas descobriu que a legislação já existia.

Em sua opinião “a busca pela acessibilidade tem que ser uma constante na rotina do gestor público. O Codecon precisa agir com mais firmeza e fazer valer o direito destas pessoas". A seu ver a adequação à norma não custa caro para os comerciantes: “Na Associação de Cegos da Bahia a tradução custa R$ 3 por página. Desta forma o empreendedor vai estar dentro da lei e tornando o seu estabelecimento mais acessível”.

Medalha Maria Quitéria

Ainda em relação a esse segmento da população a presidente do Instituto de Cegos da Bahia, Silvia Maria Figueiredo Baptista, recebeu, na quarta-feira, 22, a Comenda Maria Quitéria por seus 22 anos de dedicação à entidade. A iniciativa foi de Leo Prates (DEM), que também presidiu a sessão solene.

Estiveram presentes representantes de entidades sociais, familiares, a presidente do Parque Social, Maria do Rosário Magalhães e o secretário municipal de Promoção Social, Esporte e Combate à Pobreza (Semps), Bruno Reis.

“Tenho no Instituto de Cegos uma referência de gestão social na cidade de Salvador. O trabalho que Silvia desenvolve no instituto merece todo reconhecimento porque é feito com amor, dedicação e excelência”, disse Prates, também presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e defensor de que o colegiado passe a ser permanente, e não temporário, na CMS.

Espaço Glauber em risco

A possibilidade de fechamento do Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha, na Praça Castro Alves, foi lamentada por Euvaldo Jorge (PP). A falta de segurança e a demora na revitalização do Centro Histórico seriam as principais causas.

“Lembro do Cine Guarany, que mais tarde virou Cine Glauber Rocha, e depois de mais de 30 anos fechado, foi reaberto em 2008, trazendo mais uma opção de cultura e lazer para os soteropolitanos. Recebo essa notícia com tristeza e indignação, já que um dos motivos pelo seu possível fechamento é a ausência do Poder Público no Centro Histórico”, disse o pepista.

“Já que existe um investimento na cultura e em novos espaços da cidade, que a prefeitura também olhe os espaços já existentes, e que também precisam de uma atenção. O Centro Histórico está abandonado, e Cinema Glauber Rocha está isolado, o que claro, acaba afastando a população. É preciso uma intervenção urgente na região”, cobrou.

O prédio possui quatro salas de cinema, com capacidade total de 530 pessoas, livraria, lanchonete e um café, além de estacionamento. Euvaldo defende medidas urgentes por parte do Governo do Estado, Prefeitura e Fundação Gregório de Matos.