Política

1º DE MAIO: Lula aparece em SP e diz que está com vontade de brigar

Lula usa velhos chavões de sempre e diz que tem de esperar os 4 anos de Dilma que serão bons
TERRA , SP | 01/05/2015 às 17:41
Lula da Silva fez o papel de Dilma
Foto: Instituto Lula
 São Paulo: O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que compareceu ao evento pela primeira vez desde 2010. O petista subiu ao palco por volta das 14h e logo deu início a mais um de seus tradicionais discursos inflamados – focado desta vez em críticas ao PL 4330 (projeto de lei das terceirizações) e à redução da maioridade penal. Além disso, mandou um “recado” à imprensa e à elite brasileiras.

"Estou quietinho no meu lugar. Não me chame para briga porque sou bom de briga. Não tenho intenção de ser candidato a nada, mas tenho vontade de brigar. Está aceita a provocação. Tentei hesitar. Mas a Dilma é a presidente e quero que ela governe o País. Eu ia ficar quieto para não dizerem que estou de gerência. Pois bem. Aos meus expectadores: agora, vou começar a andar o País outra vez. Vou começar a conversar com o povo brasileiro, trabalhador, desempregado, camponês, empresário", disse.

A mensagem, de acordo com o ex-presidente, é àqueles que "não se conformam" com o resultado da democracia. "Desde a vitória da Dilma estão pregando sua queda. Mas eles tem que saber que, se mexer com ela, vão mexer com milhões de brasileiros. E quero pedir a vocês. A gente tem que ter paciência como a mãe da gente tem com a gente. Ela vai governar e tem um programa de 4 anos. Temos que ver o resultado final desse governo. E não tenho dúvida de que daqui a 4 anos vamos estar aqui comemorando o êxito do mandato de Dilma Rousseff", completou.

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Em uma parte mais polêmica de sua fala, Lula comentou o tratamento que recebe da "elite brasileira", que, de acordo com ele, “tem um medo inexplicável” de sua volta ao governo e “deveria acender uma vela” para agradecer tudo o que o PT já fez pelo Brasil.

“É um medo inexplicável porque eles nunca ganharam tanto dinheiro na vida como ganharam no meu governo. Nem empresário, nem banqueiro, nem trabalhador. Foram 12 anos de aumento real de salário. Foram 12 anos de aumento de salário mínimo. Eles deveriam agradecer todo dia. Deveriam acender uma vela agradecendo minha passagem e a de Dilma no governo. Mas não. São masoquistas. Gostam de sofrer”, provocou.