A ampliação do debate sobre a implantação da Linha Viva, via expressa pedagiada de quase 18 km de extensão, ligando o Acesso Norte, na BR-324, à BA-524 (estrada CIA-Aeroporto), foi pedida pelo líder da bancada da oposição na Câmara de Salvador, vereador Luiz Carlos Suíca (PT) e Hilton Coelho (PSOL), para que a população seja, de fato, ouvida.
“Queremos ouvir a população e o governador Rui Costa”, disse o petista. “Aquelas propriedades, acima de tudo, possuem valor de pertencimento para as pessoas que moram lá há décadas. Normalmente, as alternativas apresentadas não compensam, valores menores ou conjuntos distantes do centro. Até agora a prefeitura não ouviu ninguém nem apresentou caminhos deixando a população insegura. O tema deve ser discutido junto ao Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU)”.
O socialista Hilton considera danoso o projeto, criado na gestão do prefeito João Henrique Carneiro e retomado por ACM Neto, conforme anunciou o secretário municipal de Transportes, José Carlos Aleluia. Além de desalojar muitas famílias de baixa renda trará prejuízos para a cidade, pois o Município aplicará recursos públicos num empreendimento privado, já que a via exigirá o pagamento de pedágio.
A pista deve passar por bairros situados por onde passa a linha de transmissão da Chesf, como Pernambués, Saramandaia, região da Avenida Luís Eduardo Magalhães, Avenida Gal Costa, São Cristóvão e Mussurunga.