Com dois clássicos continentais a Copa das Confederações segue, agora na fase de semifinais,  com jogos decisivos nessa quarta e quinta. 

  Na quarta, no Mineirão, jogam Brasil e Uruguai,  ambos  com títulos de campeões do mundo ( o Brasil 5 vezes e o Uruguai uma) e de campeões sulamericanos (o Uruguai é o atual campeão). Na quinta, em Fortaleza, enfrentam-se a atual campeão do mundo e da Europa , Espanha, contra a Itália, quatro vezes campeã mundial. Jogos de primeira linha, ambos, imperdíveis.  

   Com qualquer resultado nessas semifinais, teremos uma final no domingo, dia 30, pela disputa do título, entre uma equipe sulamericana e outra européia, duas escolas.

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Lembranças de 50

 A despeito do otimismo da torcida com as exibições do time de Felipão, não dá para comemorar vitória antecipada contra os irmãos vizinhos do sul, manjados estraga-festas. Lembram-se de 1950, na final da Copa, em pleno Maracanã ? Deu 2 x 1 pra eles, de virada, Uruguai campeão, o Brasil inteiro calado, sem entender o acontecido. Tínhamos sim, uma equipe mais qualificada, melhores jogadores, vivíamos um momento de ouro, mas...

  A equipe brasileira de agora está sendo montada, vem se encorpando a cada jogo, na própria competição. Tem pontos fortes, como os avanços dos fogosos laterais, a boa postura da zaga, o posicionamento e a qualidade dos marcadores (Luis Gustavo e Paulinho), e, na frente, tem o menino Neymar, de habilidade genial e que vem amadurecendo coletivamente, além do experimentado artilheiro Fred, goleador.  Mas temos também pontos fracos bem conhecidos dos adversários: espaços nas costas dos laterais, instabilidade de ritmo durante as partidas e muitos espaços vazios deixados no meio campo, entre os armadores e os atacantes. E mais, nosso goleiro não é de todo confiável.  Os adversários, com inteligência, podem se aproveitar desses ‘buracos’. 

O Brasil vem de um ótimo resultado – 4 x 2 – sobre a Itália, na Fonte Nova, belo jogo.  

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  Os Uruguaios têm como maior virtude seu trio de atacantes, de boa técnica e goleadores:  Cavani, Suarez e o conhecido Forlán, eleito o melhor jogadopr da Copa da África/2010. É um time de garra, manhoso, que vai brigar muito e dificultar a saída de bola do Brasil. O meio campo uruguaio é pegador, o goleiro é bom, mas a zaga é lenta e comete muitas faltas, ultrapassável.  

No jogo passado, o Uruguai não tomou conhecimento do fraco Tahiti, treinou bem: 8 x 0.

 

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   Brasil X Uruguai é sempre um jogão de bola, tem muita tradição e rivalidade em campo, são camisas de peso, as amarelinhas e a celeste olímpica. 

Que seja um jogo limpo, com uma arbitragem experimentada e competente. 

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  Duelo europeu

  Na quinta, no Castelão/Ceará, veremos a revanche da final da última Copa da Europa, ano passado, quando a Espanha goleou, passeou e se sagrou campeã. O time espanhol é basicamente o mesmo da Copa Europa, com Casillas, Arbeloa, Piquet, Busquets, Xavi, Iniesta, Alba, Torres, Sérgio Ramos... e aquele toque de bola irritante, desgastante para o adversário, uma equipe  que não sabe o que é perder há mais de 13 jogos. Gosto de vê-la jogar, sobretudo quando a pelota cai nos pés de Xavi ou de Iniesta, uns monstros, não erram passes, tocam de prima quase sempre.

   A Itália, de lá pra cá, trocou de treinador e renovou bastante a equipe.  Não marca com tanta eficiência de outrora, mas ataca melhor, com muito mais jogadores ofensivos.  Dois ou três jogadores se destacam e dão o ritmo do time italiano: o excepcional meiocampista Pirlo, que tem ótima visão de jogo, passa bem e chuta melhor ainda; De Rossi, um bom apoiador, experiente;  e, na frente, o negão invocado Balotelli: forte, rápido, inteligente e dotado de boa técnica, um atacante muito difícil de ser marcado. O problema é que Balotelli apresentou-se, depois do jogo com o Brasil, com um problema muscular e, parece, está de fora desse jogo importantíssimo, ou até da Copa que resta, e abrevia o retorno a Europa. Pode fazer falta e até facilitar a vida das zagas adversárias. Pena.  

Será que dessa vez a Azzurra consegue conter a Fúria?  Sò em campo veremos.

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Pipocas da Copa : 

- Deus pai ! E não é que o ‘capo’, ou, digo, o presidente da CBF, o tal Marín, segundo o noticiário da Folha de São Paulo, gradeou e se apropriou indevidamente (grilagem, roubo de terra ?), na tora, de um terreno no valor de 2,8 milhões, localizado numa praça na zona sul da cidade de SP ?  Francamente !  Esse bem que merece uma manifestação na porta de sua (dele) moradia, acuando-o, até que peça demissão da CBF e vá direto pra detrás das grades.   

- Atenção baianos! A Copa das Confederações ainda não acabou para Salvador.  A Fonte Nova abriga, no domingo, um bom duelo pela disputa do terceiro lugar na competição.  Esperamos que seja Uruguai x Itália. É um palpite apenas, um desejo.   

 - Agora, imaginem: a partida está prevista para 13 horas, se não me engano. Se fizer sol, é pra matar os jogadores, um atentado à saúde dos atletas, um crime ! E o torcedor vai se derreter no calor debaixo daquela cobertura de plástico abafante.  A Fifa está fifando-se pra tudo isso ! Quem vai ?

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   Reclamações dos visitantes, até aqui:  

 - O caos no aeroporto, em obras. Putz, em plena Copa das Confederações?  Cadê planejamento?  

 - A buraqueira e engarrafamentos na Paralela. 

 - A lameira e obras inacabadas no entorno da Fonte Nova, um horror!  

 - Dentro do estádio, as goteiras, até água de chuva empoçada;  filas e péssimo atendimento nas lanchonetes, pouca opção de merenda; sanitários masculinos sem privacidade – de fora, quem passa vê o cidadão mijando; aquelas ‘baianas’ ridículas( enfeitadas feito árvore de natal) vendendo acarajés em vidraças, frio

  - Fora, a distância absurda do local onde é possível estacionar, a preços absurdos, até chegar ao estádio, a pé: e os velhos, mulheres, crianças, os gordos ?  Tanto espaço para estacionamento, próximos, mas reservados para as ‘otoridade’ e os convidados  fifados.    

  - Muitas queixas das delegações estrangeiras sobre o mau  atendimento e os maçantes serviços nos hotéis. Chegada e saída demoradas, falta de entendimento e compreensão entre os recepcionistas, falta de energia e elevadores parando -  no Recife, jogadores ficaram presos meia hora, num elevador de hotel 5 estrelas, na Boa Viagem.

 - Por último, a insegurança. Jogadores que trouxeram suas famílias ficaram com medo de sair dos hotéis, diante de ameaças e das manifestações nas ruas.  Teve um grupo de jogadores espanhóis que foi roubado dentro do próprio hotel, em Pernambuco ou Ceará. Aqui na Bahia ônibus da Fifa foram apedrejados na porta do hotel e delegações ficaram ilhadas, sem poder sair. Até Ronaldo ‘Fenômeno’ passou mais de 24 hs prisioneiro.  

 

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   ENFIM, TEMOS MUITA, MUITA COISA SIM A CORRIGIR AtÉ O MUNDIAL DE 2014, QUE A GENTE ESPERA QUE ACONTEÇA, COMO ESTÁ PREVISTO, AQUI NO BRASIL.  

Deus queira e as ruas permitam.

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 Por falar nisso, muitas manifestações estão previstas, até domingo, em todas as capitais onde acontecerão jogos.  Que nada aconteça de grave.  Amém