A declaração da diretora da FETRAB foi, no mínimo, infeliz, ao dizer, em A Tarde, que irá ingressar com representação no Conselho de Ética da Assembleia, mostrando o seu total desconhecimento sobre o funcionamento do parlamento.

Além de pautado em manifesta insatisfação do funcionalismo público quanto à representatividade sindical,  fato que nos faz questionar se os sindicatos estão cumprindo o seu dever constitucional de defesa dos interesses das categorias que representam, conforme impõe o inc. III do art. 8º da Constituição Federal, o meu pronunciamento foi feito no legítimo exercício parlamentar, portanto, sob a regência do que dispõe o art. 53 da Constituição Federal, que expressamente me garante imunidade civil e penal por quaisquer de minhas palavras, votos e opiniões. Em nenhum instante agredi pessoalmente a ninguém, mas a grave situação da postura dos sindicatos.

 

Por ironia do destino, comemora-se em 2013 os 80 anos do Sindicato dos Bancários, entidade marcada por fortes manifestações e atividades de pressão contra o Estado, em prol de melhores condições de trabalho, não apenas dos bancários, mas também da classe trabalhadora baiana. O projeto de lei do Governador de reajuste de 2% para o funcionalismo público estadual seria fato mais que suficiente para uma forte mobilização dos sindicatos da capital, conforme faziam outrora, mas que agora, ligados que estão na base do Governo, nada fizeram.

 

Portanto, o questionamento da falta de representatividade sindical e de sua relação com o Estado é matéria trazida pelos próprios sindicalizados, fato este que precisa ser enfrentado de forma rígida e séria, sob pena de desfigurar importantíssimo ente de mobilização social. Desta forma, afirmo que ninguém irá calar a minha voz, em defesa dos direitos da população da Bahia. (Por deputado Carlos Gaban)