Governo muda politica da Mesa de Negociações Central e passa a tratar com cada categoria enfraquecendo os sindicatos e a muda Fetrab
Tasso Franco , da redação em Salvador |
30/04/2013 às 09:39
Matéria começa a tramitar nesta terça-feira na Assembleia Legislativa
Foto: BJÁ
O Governo do Estado enviou, nesta segunda-feira (29) após às 18h, à Assembleia Legislativa, projeto de lei que define o reajuste geral dos servidores públicos de 2,5%, com efeito retroativo a janeiro deste ano.
O reajuste é fruto do esforço da administração estadual para recomposição dos vencimentos dos servidores públicos. Em 2012, o Estado passou por uma considerável frustração de receita. No último mês de março, o repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE) foi inferior a R$ 300 milhões, comparado ao de fevereiro.
COMENTÁRIO DO BJÁ
Conforme previu o BJÁ o governador enviaria a mensagem à Assembleia antes do dia do trabalhador e esperava-se algo em torno de 5%. Mas, frustou e veio apenas 2.5%, o que não repõe sequer a inflação de 2012.
O governador alega que houve uma perda de R$300 milhões no FPE, mas, ao mesmo tempo, não revela os avanços da Sefaz, a partir do secretário Petitinga, no recolhimento de impostos e melhoria da arrecadação do ICMS.
Técnicos do IAF já afirmam aqui neste BJÁ que o Estado tem condições de dar um reajuste melhor. Com os 2.5% previstos (começa a tramitar hoje na Assembleia Legislativa) muitos servidores vão ganhar menos que o salário mínimo.
O governo, por outro lado, adotou a política de dar reajustes diferenciados a determinadas categorias - profissores, médicos, policias -, ou seja, aqueles que têm mais poder de voz em protestos e calou os sindicatos que se amesquinharam. A Fetrab desapareceu e a CUT nada.
